Surto começou em fevereiro nas florestas da Guiné.
Três novos casos suspeitos do vírus mortal foram registrados na Nigéria
Reuters
Centenas de soldados foram mobilizados em Serra Leoa e na Libéria nesta segunda-feira (4) para combater o pior surto de Ebola da história, enquanto o saldo de mortes chegou a 887 e três novos casos suspeitos do vírus mortal foram registrados na Nigéria.
Como o sistema de saúde pública das nações do oeste da África está completamente saturado pela epidemia, o Banco Africano de Desenvolvimento declarou nesta segunda-feira que irá desembolsar US$ 50 milhões de imediato para Serra Leoa, Libéria e Guiné --os mais afetados do continente-- como parte do esforço internacional para conter a doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada alertou para as consequências catastróficas se a epidemia não for controlada, relatou 61 novas mortes desde 1º de agosto. O surto começou em fevereiro nas florestas da Guiné, onde o saldo de mortos continua a aumentar, mas desde então seu epicentro migrou para as vizinhas Libéria e Serra Leoa.
Na Nigéria, onde o norte-americano Patrick Sawyer morreu do Ebola no fim de julho depois de passar pela Libéria, a OMS relatou três novos casos, dois deles prováveis e um suspeito caso de Ebola. Na manhã desta segunda-feira, as autoridades nigerianas informaram que um médico que tratou de Sawyer contraiu a doença, mas uma fonte do Ministério da Saúde não quis comentar.
O pânico nas comunidades locais, que atacaram funcionários de saúde e ameaçaram queimar alas de isolamento, levou Serra Leoa, Libéria e Guiné a impor medidas severas na semana passada, entre elas o fechamento das escolas e a quarentena de regiões remotas mais afetadas pelo surto.
Longos comboios de caminhões militares conduziram soldados e assistentes de saúde nesta segunda-feira ao extremo leste de Serra Leoa, onde o número de casos é maior. O porta-voz dos militares, coronel Michael Samoura, disse que a operação envolve cerca de 750 militares.
Na vizinha Libéria, a presidente Ellen Johnson-Sirleaf e ministros realizaram uma reunião de emergência no domingo para discutir uma série de medidas para combater o Ebola, e a polícia isolou comunidades infectadas na região de Lofa, no norte do país.
Na sexta-feira, a chefe da OMS, Margaret Chan, alertou líderes regionais de que o Ebola está ultrapassando os esforços para conter o surto e se comprometeu a obter uma ajuda internacional de 100 milhões de dólares para controlar a epidemia.
Autoridades dos Estados Unidos e agências multilaterais devem discutir a emergência em uma cúpula de três dias entre EUA e África em Washington a partir desta segunda-feira.
Uma testemunha da Reuters em Monróvia, capital da Libéria, disse que várias clínicas estão fechando as portas porque seus médicos estão com medo de tratar pacientes, e a organização Médicos Sem Fronteiras, que normalmente lidera a luta contra o Ebola, diz não ter capacidade de aumentar sua pequena equipe no país.
Centenas de soldados foram mobilizados em Serra Leoa e na Libéria nesta segunda-feira (4) para combater o pior surto de Ebola da história, enquanto o saldo de mortes chegou a 887 e três novos casos suspeitos do vírus mortal foram registrados na Nigéria.
Como o sistema de saúde pública das nações do oeste da África está completamente saturado pela epidemia, o Banco Africano de Desenvolvimento declarou nesta segunda-feira que irá desembolsar US$ 50 milhões de imediato para Serra Leoa, Libéria e Guiné --os mais afetados do continente-- como parte do esforço internacional para conter a doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada alertou para as consequências catastróficas se a epidemia não for controlada, relatou 61 novas mortes desde 1º de agosto. O surto começou em fevereiro nas florestas da Guiné, onde o saldo de mortos continua a aumentar, mas desde então seu epicentro migrou para as vizinhas Libéria e Serra Leoa.
Na Nigéria, onde o norte-americano Patrick Sawyer morreu do Ebola no fim de julho depois de passar pela Libéria, a OMS relatou três novos casos, dois deles prováveis e um suspeito caso de Ebola. Na manhã desta segunda-feira, as autoridades nigerianas informaram que um médico que tratou de Sawyer contraiu a doença, mas uma fonte do Ministério da Saúde não quis comentar.
O pânico nas comunidades locais, que atacaram funcionários de saúde e ameaçaram queimar alas de isolamento, levou Serra Leoa, Libéria e Guiné a impor medidas severas na semana passada, entre elas o fechamento das escolas e a quarentena de regiões remotas mais afetadas pelo surto.
Longos comboios de caminhões militares conduziram soldados e assistentes de saúde nesta segunda-feira ao extremo leste de Serra Leoa, onde o número de casos é maior. O porta-voz dos militares, coronel Michael Samoura, disse que a operação envolve cerca de 750 militares.
Na vizinha Libéria, a presidente Ellen Johnson-Sirleaf e ministros realizaram uma reunião de emergência no domingo para discutir uma série de medidas para combater o Ebola, e a polícia isolou comunidades infectadas na região de Lofa, no norte do país.
Na sexta-feira, a chefe da OMS, Margaret Chan, alertou líderes regionais de que o Ebola está ultrapassando os esforços para conter o surto e se comprometeu a obter uma ajuda internacional de 100 milhões de dólares para controlar a epidemia.
Autoridades dos Estados Unidos e agências multilaterais devem discutir a emergência em uma cúpula de três dias entre EUA e África em Washington a partir desta segunda-feira.
Uma testemunha da Reuters em Monróvia, capital da Libéria, disse que várias clínicas estão fechando as portas porque seus médicos estão com medo de tratar pacientes, e a organização Médicos Sem Fronteiras, que normalmente lidera a luta contra o Ebola, diz não ter capacidade de aumentar sua pequena equipe no país.