O Serviço Aéreo Especial do Reino Unido (SAS, na sigla em inglês) foi enviado para o norte do Iraque para "obter informação secreta" para uma possível operação de resgate dos refugiados yazidis no Monte Sinjar, publicou nesta quinta-feira (14) a imprensa britânica.
De acordo com o "Guardian", o envolvimento do SAS na crise iraquiana é o sinal mais significativo até agora da crescente participação do Reino Unido no conflito.
Mas hoje o governo dos EUA quebrou o cerco montado pelos jihadistas do EI (Estado Islâmico) aos milhares de civis no monte Sinjar, e já considera agora muito menos necessária uma grande operação para retirá-los.
A notícia do envio de forças especiais britânicas no norte do Iraque foi divulgada ao mesmo tempo da informação de que o Reino Unido enviará por ar munição vinda de países da Europa do Leste para ajudar as forças curdas que lutam contra a ofensiva jihadista.
A baronesa Emma Harriet Nicholson de Winterbourne, enviada comercial do governo para o Iraque, revelou em declarações divulgadas hoje pelo "Daily Telegraph" que o SAS está no norte do Iraque.
Segundo ela, as forças especiais britânicas trabalham com as tropas dos EUA há "seis semanas ou mais", o que fez pensar que poderiam estar participando do planejamento da operação de resgate dos civis.
As revelações da imprensa podem aumentar a pressão sobre o primeiro-ministro, David Cameron, para convocar de urgência à Câmara dos Comuns para debater o envolvimento de Londres no conflito e analisar se o Executivo tem "a obrigação moral" de fazer mais para ajudar os refugiados.
Os jihadistas realizam uma ofensiva no norte do Iraque contra os curdos (cristãos e yazidis), que os obrigou a fugir e se refugiar na montanha, onde se calcula haver 40 mil com necessidade urgente de água, comida, abrigo e remédios.