Autoridades afirmaram que não há sentido em negociar mais um cessar-fogo porque os terroristas do Hamas não respeitaram nenhuma das tréguas acertadas nas últimas semanas
Veja
Com agência EFE
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O governo de Israel não pretende mais negociar cessar-fogo na Faixa de Gaza com o Hamas, afirmaram autoridades do país ao jornal Haaretz, e por isso não deve enviar representantes ao Cairo para dialogar com uma delegação palestina, como havia sido combinado nesta semana. Ainda segundo o jornal, as autoridades afirmaram que não há sentido em negociar mais um cessar-fogo porque os terroristas do Hamas não respeitaram nenhuma das tréguas acertadas nas últimas semanas. Na sexta-feira, uma trégua de 72 horas naufragou com um ataque do Hamas que resultou na morte de dois soldados israelenses e na captura de um terceiro.
Agora, Israel só deve suspender a ofensiva ou anunciar novas pausas nos combates no território quando considerar que cumpriu todos os seus objetivos. "Já vimos o que é negociar com o Hamas nos últimos seis cessar-fogo. Não vamos premiá-los com um acordo", disse neste sábado um funcionário do escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. A decisão foi tomada pelo gabinete para assuntos de segurança em reunião na sexta-feira que se estendeu por cinco horas. "Se acharmos que conseguimos suficiente dissuasão (para que o Hamas deixe de disparar foguetes), vamos nos basear no princípio de que a calma será retribuída com calma", explicou ao Haaretz outra fonte do governo israelense. "Se não, continuaremos com a operação, ou sairemos de Gaza, mas continuaremos pressionando mediante ataques aéreos".
Em 27 dias de ofensiva, Israel lançou mais de quatro mil ataques aéreos em Gaza, sem ainda ter eliminado a capacidade do Hamas de disparar foguetes. Uma fonte do governo explicou que nas últimas três semanas e meia o número de foguetes à disposição das milícias caiu para um terço: de nove mil para cerca de três mil. Sobre os túneis de Gaza a Israel, por meio dos quais o Hamas causou várias baixas ao exército, as forças israelenses afirmaram que praticamente já destruiu todas as passagens identificadas. Desde o início da ofensiva, em 8 de julho, 1.674 palestinos morreram e outros 9.000 ficaram feridos. Entre os mortos em Gaza, 296 eram crianças, sendo que 203 tinham menos de 12 anos, afirmou neste sábado a Unicef, o órgão das Nações Unidas para a infância Do lado israelense, morreram 63 soldados e três civis.