Por Redação, Vermelho - de Gaza
O Irã reiterou o seu pedido para que os líderes israelenses sejam julgados como criminosos de guerra pelo Tribunal Penal Internacional, em razão da morte de centenas de crianças durante os ataques militares engendrados por Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.
O pronunciamento do governo iraniano, feito pelo ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, descreveu como brutal as ações do exército israelense, principalmente o bombardeio em Gaza, ainda mais ao levar-se em consideração que estão morrendo mulheres, crianças e idosos desamparados.
Zarif destacou ainda que nenhuma criança no mundo, nem mesmo por um momento se quer, deveria testemunhar o horror que ocorre em Gaza, com pessoas sendo assassinadas simplesmente por serem palestinas.
- Ao olhar apenas uma vez através das pupilas de uma criança inocente, independentemente de raça, tribo, religião, nacionalidade, língua e cor da pele, sejam crianças de Gaza ou crianças iranianas, não é possível aceitar esta situação sangrenta. A tradição de matar crianças é praticada apenas por tiranos brutais que não respeitam os princípios humanitários.
Funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros corroboraram a afirmação de Zarif e explicaram que os ataques aéreos contra moradores de Gaza têm uma magnitude tão grande e tão mortal que não poupam hospitais, escolas e nem mesmo creches.
Ao todo, mais de 400 crianças morreram em decorrência das ofensivas militares israelenses. Autoridades de Teerã lembraram que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) repudiou os efeitos destrutivos dos bombardeios, classificando-os como “quase indescritíveis.”
- Vemos crianças mortas, feridas, mutiladas, queimadas, isso é aterrorizante. As consequências são muito mais profundas do que os ataques anteriores realizados por Israel – disse a chefe do escritório da UNICEF na região, Pernille Ironside.
Nesta sexta-feira, mais uma vez, Israel rompeu com o cessar-fogo e realizou ataques aéreos na Faixa de Gaza contra palestinos, mesmo depois das negociações no Egito que pretendiam promover uma trégua de 72 horas no confronto.