Dez pessoas morreram em ataque em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Para Ban Ki-moon ato é 'grave violação do direito internacional humanitário'.
Do G1, em São Paulo
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste domingo (3) que o novo ataque a uma escola das Nações Unidas em Gaza, no qual 10 pessoas morreram, é um “ultraje moral e um ato criminoso”, e exigiu que os responsáveis pela “grave violação do direito internacional humanitário” sejam responsabilizados.
Mulher desmaia e é amparada por amigas depois de saber que sua irmã morreu em ataque aéreo que atingiu uma casa no campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, neste domingo (3) (Foto: REUTERS/Suhaib Salem)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse neste domingo (3) que o novo ataque a uma escola das Nações Unidas em Gaza, no qual 10 pessoas morreram, é um “ultraje moral e um ato criminoso”, e exigiu que os responsáveis pela “grave violação do direito internacional humanitário” sejam responsabilizados.
Mulher desmaia e é amparada por amigas depois de saber que sua irmã morreu em ataque aéreo que atingiu uma casa no campo de refugiados de Jabaliya, norte da Faixa de Gaza, neste domingo (3) (Foto: REUTERS/Suhaib Salem)
Em um comunicado, Ban condenou fortemente o bombardeio da escola da ONU em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) servia de abrigo para mais de 3 mil palestinos que deixaram suas casas durante os combates com Israel.
“As forças de defesa de Israel são repetidamente informadas sobre a localização destes lugares”, disse.
A agência diz que o ataque foi supostamente promovido por Israel, no entanto, o Exército israelense se negou a comentar o incidente.
Os médicos e testemunhas disseram que um míssil lançado por um avião atingiu a entrada da escola.
Chris Gunness, porta-voz da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNWRA), afirmou que a escola abrigava milhares de deslocados palestinos internos pela operação de Israel na Faixa de Gaza que pretende destruir as infraestruturas do Hamas.
"Segundo as primeiras informações, há vários mortos e feridos na escola da UNWRA em Rafah após o bombardeio", escreveu Gunness em sua conta do Twitter.
Esta é a terceira vez em 10 dias que as bombas atingem uma escola da ONU, quatro dias depois de um bombardeio do exército israelense contra um colégio na cidade de Jabaliya que matou 16 pessoas, a maioria crianças, em um ataque condenado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
A cidade de Rafah, próxima da fronteira com o Egito, é cenário de bombardeios desde sexta-feira, quando a morte de três soldados israelenses encerrou uma breve trégua que havia sido aceita tanto por Israel como pelo movimento islamita palestino Hamas.
Os ataques anteriores contra escolas das Nações Unidas provocaram uma onda de indignação internacional.
Este é o 27º dia do recente conflito entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. A ofensiva, destinada a impedir o lançamento de foguetes a partir de Gaza e destruir os túneis construídos por combatentes palestinos para possibilitar a entrada no território de Israel, também provocou a morte de 64 soldados israelenses e de três civis.
Do lado palestino, a operação matou mais de 1.850 pessoas, em sua maioria civis.
Segundo disseram fontes à Reuters, a delegação com membros de grupos militantes palestinos como o Hamas e a Jihad Islâmica chegou neste domingo ao Cairo para conversas indiretas sobre um cessar-fogo com Israel, que serão conduzidas por autoridades egípcias e norte-americanas.
Israel anunciou no sábado que não enviará representantes, como o programado.