Repórter da BBC relata que pacientes e médicos tiveram que ser retirados devido à ofensiva israelense no território.
BBC
"Seu país apoia vocês", ele disse aos seus homens. "Eu tenho confiança na capacidade de vocês. Vão em frente. Boa sorte".
Mas a nova fase de operações, inevitavelmente, trouxe uma nova onda de mortes.
No Hospital Shifa de Gaza, palco de desabafos diários de tristeza, um homem caiu desamparado contra a parede.
"Minhas duas sobrinhas foram mortas", lamentou. "As filhas do meu irmão. As filhas do meu irmão."
Perto dali, Amar Dawoud vigiava sua filha de cinco anos, Rawiya, que repousava imóvel na cama com a mão fraturada e, possivelmente, com uma fratura no crânio também.
Ele disse que pelo menos 70 pessoas tinham procurado refúgio na sua casa antes dela ser atingida.
'Somos humanos'
"Seu país apoia vocês", ele disse aos seus homens. "Eu tenho confiança na capacidade de vocês. Vão em frente. Boa sorte".
Mas a nova fase de operações, inevitavelmente, trouxe uma nova onda de mortes.
No Hospital Shifa de Gaza, palco de desabafos diários de tristeza, um homem caiu desamparado contra a parede.
"Minhas duas sobrinhas foram mortas", lamentou. "As filhas do meu irmão. As filhas do meu irmão."
Perto dali, Amar Dawoud vigiava sua filha de cinco anos, Rawiya, que repousava imóvel na cama com a mão fraturada e, possivelmente, com uma fratura no crânio também.
Ele disse que pelo menos 70 pessoas tinham procurado refúgio na sua casa antes dela ser atingida.
'Somos humanos'
Pessoas estão sendo mortas e feridas. Mas elas também estão sendo forçadas a deixar suas casas. Autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) dizem que o número de pessoas que procuram refúgio em prédios da entidade dobrou de 20 mil para 40 mil em uma única noite.
Eu encontrei pacientes e funcionários do hospital de reabilitação Wafa abrigadas em uma clínica de Gaza.
Wafa foi atingido várias vezes na semana passada. Fica próximo da fronteira e muito perto de algumas das mais recentes atividades militares israelenses.
Basman al-Ashi, diretor-executivo do hospital, disse que tudo parecia tranquilo na quinta-feira à noite, até que o bombardeio se intensificou nas horas antes das tropas israelenses entrarem na Faixa de Gaza.
Com novos ataques contra o hospital, Basman decidiu que era hora de retirar todos.
Ele relembra a cena: cercado por seus pacientes, duas salvas de foguetes foram disparados de algum lugar muito perto - foguetes lançados por combatentes do Hamas ou uma das outras facções armadas que atuam em Gaza.
Os olhos de Basman fecharam por um momento em resignação, mas abriram em tom desafiador quando sugeri que as ações do Hamas poderim simplesmente piorar a situação.
"É uma resposta muito natural para os palestinos revidar, para se defenderem", insistiu.
Israel, disse, tem feito de Gaza "um campo de concentração de 1,8 milhões de pessoas".
"Sem ar. Sem terra. Sem mar. O que você está tentando dizer às pessoas? Estou colocando você na prisão e eu quero que você obedeça, coma, durma e é isso. Nós somos humanos".
Israel diz que foguetes foram disparados do hospital de Basman, uma acusação que a equipe nega completamente.
Quando eu fui lá na sexta-feira de manhã, dirigindo pelas ruas abandonadas em direção à região nordeste da Faixa de Gaza, eu vi buracos onde disparos de artilharia haviam atingido o quarto andar.
O hospital Wafa é um marco importante em uma área onde os israelenses alertaram as pessoas a sair.
Está vazio agora, e se as forças israelenses avançarem na Faixa de Gaza nas próximas horas ou dias, poderá em breve estar nas mãos deles.