Devido às sanções impostas pelo governo norte-americano contra a Rússia, os norte-americanos podem ficar sem os famosos fuzis. Restrições econômicas afetam o consórcio Kalashnikov, que faz parte da corporação estatal Rostech. E, segundo o próprio consórcio Kalashnikov, afetam os consumidores norte-americanos.
Vladimir Kultygin | Voz da Rússia
“As sanções do governo dos EUA contra o consórcio Kalashnikov vão contra os interesses dos consumidores norte-americanos ”, diz o comunicado oficial do consórcio, publicado no seu site.
De acordo com informações oficiais, os EUA detêm cerca de 85% de exportação do Kalashnikov. O volume de exportação do consórcio para esse país atingiu 16,2 milhões de dólares em 2012.
E em 2014, o Kalashnikov assinou um acordo para vender seus armamentos à norte-americana Russian Weapon Company a até 200 mil dólares anuais durante cinco anos. Com as sanções que advêm, os EUA e o Canadá restam sem fuzis novos.
No entanto, há quem esteja preocupado pelas restrições. Os internautas que participaram de uma discussão no fórum Texasguntalk.com, concordam em que a medida aprovada pelo governo norte-americano é estranha e prejudica os amadores de armas. E não só os internautas particulares reclamam. Também a mídia norte-americana critica a restrição. Por exemplo, o site Guns.com comenta as sanções da seguinte maneira: “Nós amamos as nossas Saigas e Veprs (outras armas de tiro produzidas pelo Kalashnikov), e nós esperamos que essa seja uma medida de curta duração”.
No entanto, o Tesouro dos EUA tentou esclarecer as normas de uso comercial de armamentos de fabricação da Kalashnikov que vigoram agora. Fica proibido comprar as armas diretamente do produtor ou realizar transações que favorecem o produtor. No entanto, a uma pessoa que já possui uma arma Kalashnikov sem ter realizado o pagamento total, é recomendado contatar a autarquia para resolver o assunto. Porém, comprar e vender armas Kalashnikov possuídas por norte-americanos no mercado secundário (sem pagamentos ao consórcio russo) fica permitido.