Rebelde britânico do Isis foi morto em combate, dizem soldados iraquianos

Segundo relatos, Abdul Raqib Amin, de 26 anos, foi baleado na cidade de Ramadi; morte de canadense é divulgada

O Globo
com agências internacionais

BAGDÁ — Um dos jihadistas britânicos que apareceu em um vídeo de recrutamento do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis), publicado na internet no mês passado, foi morto em combate, informou o Exército iraquiano. Segundo relatos, o rebelde Abdul Raqib Amin, de 26 anos e originário da Escócia, foi baleado a tiros em Ramadi, cidade que permanece sobre o controle de Bagdá.

Na sua conta no Twitter, outro rebelde britânico, Abu Dujana al-Muhjahir, de 19 anos, confirmou a morte de Amin nos confrontos perto de Ramadi.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse que foi informado do falecimento de um cidadão britânico no Iraque e afirmou que está pronto para conversar com algum familiar. Ele também declarou que o país está profundamente preocupado com o crescimento do terrorismo provocado pelo Isis.

— O Reino Unido adverte contra todas as viagens à Síria e a grande parte do Iraque. Quem vai para estas áreas está se expondo a sérios riscos — declarou.

Sob o nome de guerra de Abul Baraa, o escocês se juntou ao grupo islâmico. O estudante da cidade de Aberdeen inicialmente viajou para a Síria e foi visto no mês passado em um vídeo produzido pelo Isis para recrutar jovens para a luta armada. Na gravação, ele aconselhou outros a seguirem seu exemplo.

— Você está disposto a sacrificar o trabalho, o grande carro e a família que você tem? Você está disposto a sacrificar isso, por amor a Deus? Definitivamente, se você sacrificar alguma coisa por Deus vai ganhar 700 vezes mais — afirma Amin no filme.

MORTE DE CANADENSE DIVULGADA EM VÍDEO

Outro ocidental que se converteu ao Islã, o canadense Andre Poulin, teria morrido no campo de batalha, no verão de 2013. Um vídeo sobre o jovem está sendo usado pelo Isis para recrutar jovens para combater pelo grupo. Não está claro quando a gravação foi feita, mas nele, Poulin, que atendia pelo nome de Abu Muslim al-Canadi se descreve como uma “pessoa normal”, que tinha um salário e uma vida comum no Ocidente. E, ele insiste, “mujahideen são pessoas normais, também.”

Ele incita seus “irmãos” no Ocidente a rejeitarem o pagamento de impostos para os regimes que travam guerra em terras muçulmanas e emprestarem todas as suas habilidades profissionais — até mesmo como como médicos ou engenheiros — para a causa do Estado Islâmico.

O vídeo intercala seu testemunho com imagens de paisagens americanas e de canadenses jogando hóquei. No final, uma outra voz, com um sotaque americano, descreve o momento em que Poulin morreu em um campo na Síria, enquanto mostra o corpo dele caindo em uma vala.