Pelas contas das autoridades palestinas foram, no mínimo, 110 mortes.
Hamas divulgou imagens em que militantes usaram túnel para invadir Israel.
Jornal Nacional
Israel intensificou, nesta terça-feira (29), os bombardeios à Faixa de Gaza deixando o território palestino às escuras. Mais de 100 pessoas morreram.
As bombas vieram dos aviões, dos tanques e dos navios. E fizeram da terça-feira (29) um dos dias mais violentos da guerra. Pelas contas das autoridades palestinas foram, no mínimo, 110 mortes.
Israel intensificou, nesta terça-feira (29), os bombardeios à Faixa de Gaza deixando o território palestino às escuras. Mais de 100 pessoas morreram.
As bombas vieram dos aviões, dos tanques e dos navios. E fizeram da terça-feira (29) um dos dias mais violentos da guerra. Pelas contas das autoridades palestinas foram, no mínimo, 110 mortes.
Ainda exaltado, o médico Ahmed Matar contou que oito integrantes da mesma família tinham abandonado a casa, e quando voltaram para buscar roupas, foram todos mortos.
Vídeo mostra possíveis integrantes do Hamas supreendendo soldados israelenses
O Hamas divulgou imagens de um ataque em que militantes usaram um túnel para invadir Israel. O vídeo mostra o que seriam integrantes do grupo surpreendendo os soldados e abrindo fogo contra eles. A autenticidade das imagens não pode ser comprovada.
Mas Israel informou que cinco soldados morreram na segunda-feira em uma situação parecida, aumentando para dez o número de militares mortos na segunda-feira.
Nesta terça, Israel atacou a casa do número dois do Hamas, Ismail Haniyeh. Destruiu o prédio onde funcionava o departamento financeiro do grupo. Bombardeou também a TV e a rádio oficiais.
Mas o maior estrago foi quando uma bomba atingiu em cheio o tanque principal da usina elétrica de Gaza, queimando milhões de litros de combustível.
Maioria dos palestinos de gaza estão completamente às escuras
Durante todo o dia deu para ver da fronteira a coluna de fumaça que vem do incêndio na usina, que era a única que existia em Gaza. Há muito tempo os palestinos se acostumaram a conviver com racionamentos de 12, 13, 14, 15 horas. Mas nesta terça só quem tem gerador e combustível consegue manter alguns eletrodomésticos acesos. Na maioria dos casos os palestinos de Gaza estão completamente às escuras.
A casa onde vive o brasileiro Yusif el-Shawwa, já tinha sido atingida parcialmente por uma bomba, raramente tinha energia, e agora apagou de vez. "Ó como é que está a minha cozinha. A geladeira nem funciona. Há oito dias sem energia aproximadamente. Sem nada. Depósito. A geladeira é apenas depósito, ó. Não tem nada”, afirma.
Brasileiro conta o que viu durante o bombardeio
Yusif contou que a noite passada foi uma das piores: “Tanto bombardeio, caça e tanque. Foi demais, demais, demais. Meu prédio, que é de três andares, tremeu. Pra lá, pra cá, pra lá. Eu não dormi, eu não dormi”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 215 mil palestinos abandonaram suas casas - 12% da população da Faixa de Gaza.
Em 22 dias de guerra, Israel perdeu 53 soldados e três civis. Entre os palestinos, foram 1.191 mortes. E por enquanto, os dois lados continuam muito longe de um acordo. "Triste, triste, triste. E não tem solução, ninguém sabe quando vai parar isso”, diz o brasileiro Yusif el-Shawwa.
Os governos do Peru e do Chile convocaram, nesta terça-feira (29), seus embaixadores em Israel para consulta. Equador e Brasil fizeram o mesmo na semana passada. No mundo da diplomacia, esse é um sinal de descontentamento.