Gravação com fala de chefe militar foi divulgada nesta terça-feira (29).
Não haverá cessar-fogo até que demandas sejam atendidas, diz líder.
Do G1, em São Paulo
O Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza, rejeita um período de trégua nas hostilidades com Israel enquanto os ataques e o bloqueio promovidos por Israel continuarem, disse o chefe militar da organização, Mohammed Deif, em gravação de áudio divulgada nesta terça-feira (29).
"Não haverá um cessar-fogo enquanto as demandas do nosso povo não forem atendidas", diz Deif, chefe das Brigadas Ezzedine al-Qassam, em gravação transmitida pela emissora do Hamas, a Al-Aqsa. O movimento islamita palestino não vai aceitar um "cessar-fogo sem o fim da agressão e a retirada do cerco", indicou o líder, segundo informam agências de notícias internacionais e a rede de TV CNN.
O grupo pede que Israel e o Egito levantem um bloqueio de fronteira que impuseram em Gaza depois que o Hamas ocupou o território, em 2007.
A voz de Deif é reconhecível no comunicado em áudio, segundo a Associated Press.
O líder sobreviveu a uma série de ataques e há anos comando o grupo na clandestinidade.
A Al-Aqsa também transmitiu o que diz ser uma infiltração por túnel de combatentes do Hamas em Israel na última segunda-feira.
Desde o início dos conflitos, no dia 8 de julho, 1.156 palestinos morreram, a maioria civis. Israel contabilizou 56 mortos, sendo 53 soldados e três civis.
A rejeição ao cessar-fogo foi anunciada antes de uma importante viagem ao Cairo de uma delegação reunindo representantes dos principais movimentos políticos palestinos, incluindo o Hamas, anunciada pela Organização pela Libertação da Palestina (OLP). As autoridades palestinas devem se reunir na capital egípcia com dirigentes locais, que normalmente são os intermediários nas negociações entre israelenses e palestinos.
O secretário-geral da OLP, Yasser Abed Rabbo, havia afirmado nesta terça à tarde que o Hamas e seus aliados da Jihad Islâmica estavam preparados para uma trégua humanitária de 24 horas. Mas o Hamas mantém suas exigências pelo fim da operação militar israelense em curso e pela suspensão do bloqueio a Gaza imposto por Israel em 2006.
As autoridades israelenses não se manifestaram a respeito de uma eventual trégua.
Mortes
O Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza, rejeita um período de trégua nas hostilidades com Israel enquanto os ataques e o bloqueio promovidos por Israel continuarem, disse o chefe militar da organização, Mohammed Deif, em gravação de áudio divulgada nesta terça-feira (29).
"Não haverá um cessar-fogo enquanto as demandas do nosso povo não forem atendidas", diz Deif, chefe das Brigadas Ezzedine al-Qassam, em gravação transmitida pela emissora do Hamas, a Al-Aqsa. O movimento islamita palestino não vai aceitar um "cessar-fogo sem o fim da agressão e a retirada do cerco", indicou o líder, segundo informam agências de notícias internacionais e a rede de TV CNN.
O grupo pede que Israel e o Egito levantem um bloqueio de fronteira que impuseram em Gaza depois que o Hamas ocupou o território, em 2007.
A voz de Deif é reconhecível no comunicado em áudio, segundo a Associated Press.
O líder sobreviveu a uma série de ataques e há anos comando o grupo na clandestinidade.
A Al-Aqsa também transmitiu o que diz ser uma infiltração por túnel de combatentes do Hamas em Israel na última segunda-feira.
Desde o início dos conflitos, no dia 8 de julho, 1.156 palestinos morreram, a maioria civis. Israel contabilizou 56 mortos, sendo 53 soldados e três civis.
A rejeição ao cessar-fogo foi anunciada antes de uma importante viagem ao Cairo de uma delegação reunindo representantes dos principais movimentos políticos palestinos, incluindo o Hamas, anunciada pela Organização pela Libertação da Palestina (OLP). As autoridades palestinas devem se reunir na capital egípcia com dirigentes locais, que normalmente são os intermediários nas negociações entre israelenses e palestinos.
O secretário-geral da OLP, Yasser Abed Rabbo, havia afirmado nesta terça à tarde que o Hamas e seus aliados da Jihad Islâmica estavam preparados para uma trégua humanitária de 24 horas. Mas o Hamas mantém suas exigências pelo fim da operação militar israelense em curso e pela suspensão do bloqueio a Gaza imposto por Israel em 2006.
As autoridades israelenses não se manifestaram a respeito de uma eventual trégua.
Mortes
Ao menos 100 palestinos morreram nesta terça em Gaza, segundo a agência Associated Press. Mais cedo, a única central elétrica da Faixa de Gaza ficou fora de funcionamento após os bombardeios do exército israelense, disse o diretor-adjunto da autoridade de Energia do reduto palestino, interrompendo o suprimento de eletricidade para a Cidade de Gaza e várias outras partes do enclave palestino de 1,8 milhão de habitantes.
"A única central elétrica de Gaza ficou fora de funcionamento após um bombardeio israelense na noite passada, que danificou o gerador de vapor, antes de atingir as reservas de combustível que se incendiaram", declarou Fathi al-Sheikh Jalil, segundo a France Presse.
Foram declarados grandes incêndios no setor da central (no centro do território palestino), impedindo o acesso dos veículos de auxílio, constatou um jornalista da AFP.
Esta usina fornece cerca de 30% do consumo de eletricidade de Gaza, de acordo com a agência France Presse. Já a Reuters afirma que a instalação fornece energia para dois terços do enclave palestino.
Além disso, segundo Fathi al-Sheikh Jalil, "cinco das dez linhas elétricas provenientes de Israel para abastecer a Faixa de Gaza foram atingidas pelos bombardeios israelenses, e os serviços de manutenção não conseguem ter acesso à zona para consertá-las".
Além da falta crônica de água, o reduto palestino, submetido desde 2006 ao bloqueio imposto por Israel, sofre grandes problemas de fornecimento de eletricidade.
A usina já havia sido atingida na semana passada e operava com cerca de 20% de sua capacidade, o que garantia apenas algumas horas por dia de eletricidade para os moradores de Gaza.