Cessar-fogo provisório vale a partir das 15h locais (9h de Brasília).
Ataques já deixaram mais de 60 palestinos mortos nesta quarta (30).
France Presse
O Exército israelense anunciou nesta quarta-feira (30) uma trégua humanitária de quatro horas em Gaza, válida a partir das 15h locais (9h de Brasília). O comunicado foi feito por um porta-voz das Forças Armadas de Israel.
“O Exército autorizou uma trégua temporária na Faixa de Gaza. Essa trégua se aplicará das 15h às 19h (hora local) e não se aplicará nas zonas onde os soldados estão realizando operações”, disse um comunicado.
O Exército israelense anunciou nesta quarta-feira (30) uma trégua humanitária de quatro horas em Gaza, válida a partir das 15h locais (9h de Brasília). O comunicado foi feito por um porta-voz das Forças Armadas de Israel.
“O Exército autorizou uma trégua temporária na Faixa de Gaza. Essa trégua se aplicará das 15h às 19h (hora local) e não se aplicará nas zonas onde os soldados estão realizando operações”, disse um comunicado.
O Exército também pede que "os habitantes não voltem às zonas em que há uma ordem de evacuação" e adverte que responderá a "qualquer tentativa de atentar contra soldados ou civis israelenses".
O anúncio ocorre em um dia de fortes combates e muitas mortes de palestinos na Faixa de Gaza. O ataque mais grave ocorreu em uma escola da ONU em Jabaliya, com pelo menos 20 mortos.
Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército hebreu sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros. No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA.
Palestinos inspecionam estragos causados por ataque contra escola da ONU em Gaza; 20 pessoas morreram (Foto: Mahmud Hams/AFP)
A agência da ONU acusou o Exército de Israel de "grave violação do direito internacional" depois do ataque.
"Condeno da forma mais firme esta violação do direito internacional por parte das forças israelenses", declarou no comunicado Pierre Krahenbühl, chefe de UNWRA. "Peço à comunidade internacional que inicie uma ação política decidida para por fim de imediato ao massacre em andamento".
O Exército israelense disse, após o ataque, que militantes palestinos haviam disparado bombas de perto da escola, e que Israel respondeu aos ataques. “Mais cedo, militantes dispararam morteiros contra soldados israelenses da vizinhança da escola da ONU em Jabaliya. Em resposta, os soldados dispararam contra a origem do fogo, e ainda estamos revisando o incidente”, informou um porta-voz militar.
Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, foram realizados ataques contra 75 posições em Gaza nas últimas 24 horas, e três túneis entre o território palestino e Israel foram destruídos. Durante a noite, as forças também atacaram cinco mesquitas que eram utilizadas com “propósitos de terrorismo”, como “esconder armas e acesso a túneis”.
Com estas novas vítimas o número de mortos em Gaza nesta quarta já alcançou 67, elevando o número de vítimas desde o início da ofensiva, em 8 de julho, a 1.296 palestinos mortos e 7.200 feridos. Já Israel contabilizou 56 mortos, sendo 53 soldados e três civis.