Até 30 ucranianos mortos por ataques dos insurgentes pró-russos
Área Militar
Apos a queda de Kramatorsk e Slaviansk, o maior contingente de forças rebeldes apoiadas pelo Kremlin terão retirado para as proximidades da cidade de Donetsk. Estima-se que as forças apoiadas pelo Kremlin contarão com um total de 15.000 combatentes, a maioria dos quais são russos e tchetchenos.
Nas últimas 24 horas, Algumas dezenas de rebeldes terão sido abatidos, na sequência de combates com as forças governamentais ucranianas. Os combates ocorreram na estratégica região de Rovenky (50km a sul de Luhansk) que se encontra entre Donetsk e a fronteira russa, a 90km daquela cidade. Ao destruir estes grupos de rebeldes, as tropas ucranianas cortaram uma das principais estradas que liga os rebeldes à sua principal fonte de abastecimentos.
Não é provavel que tenham sido eliminados 100 rebeldes, já que a informação não foi confirmada por mais nenhuma fonte que não o exército ucrâniano. Parte desses grupos de combatentes pró-russos terão escapado para Luhansk, que fica a apenas 50km para norte.
Não aparentando haver uma ligação direta, é no entanto verdade que algumas horas depois de as forças rebeldes terem sido expulsas de Rovenky, estas lançaram uma barragem de artilharia utilizando sistemas BM-21 fornecidos pela Rússia, que provocou mais de 20 mortos entre as tropas ucranianas que já cercam parcialmente a cidade de Luhansk.
Os grupos rebeldes afirmaram que lutarão até à morte e que vão lutar para evitar que fiquem cercados.
Ao mesmo tempo, levantou-se a possibilidade de o exército ucraniano adiar operações contra as duas principais cidades do leste, até tomar completamente o controlo da fronteira, isolando assim os grupos de terroristas apoiados pelo Kremlin da sua principal fonte de abastecimentos.
Guerra civil entre os rebeldes
É igualmente conhecida a criação de fações entre os grupos de rebeldes apoiados pelo Kremlin. O célebre batalhão Vostok, uma unidade de criminosos de delito comum que a Rússia utiliza para aterrorizar as populações civis está fora de controlo do auto-proclamado governo da república popular de Donetsk, comandada pelo neo-nazi pro-russo Pavel Gubarev.
Gubarev está entre os líderes rebeldes que não esconde o seu desconforto pela falta de apoio aberto por parte do Kremlin. A recruta é feita à força e o exército da auto-proclamada república é constituido essencialmente por mercenários russos que vieram combater por desporto.
As unidades de criminosos, constituídas em grande medida por condenados tchetchenos já avisaram que não vão obedecer às ordens dos ucranianos pro-russos, se não as acharem adequadas.
Energia do desespero
Teme-se que as forças russas e tchetchenas em operação na Ucrânia, derivem para uma orgia de massacres e assassinatos de civis como vingança pela situação em que se encontram.
O principal receio é o de que ocorra um massacre de milhares de ucranianos organizado pelos próprios russos, de forma a que tal ação possa ser atribuida ao governo ucraniano forçando assim Putin a intervir por razões humanitárias.
Confirmação de massacres e torturas por parte dos russos
A comunicação social internacional tem-se referido nas últimas horas a relatórios independentes que confirmam que os militantes pro-russos assassinaram e torturaram centenas de civis ucranianos. Estes fatos vêm confirmar a característica violenta e dos militantes russos e tchetchenos. Pelo menos 500 civis ucranianos foram vitimas de sevícias e torturas por parte dos rebeldes apoiados pelo Kremlin.