Ao menos 20 refugiados morreram, segundo serviços de emergência.
Apenas nesta quarta (30), 67 palestinos morreram em ataques.
Do G1, em São Paulo
Um ataque israelense matou ao menos 20 palestinos refugiados na manhã desta quarta-feira (30) em uma escola da ONU no norte da Faixa de Gaza, informaram os serviços de emergência. Um disparo de tanque atingiu em cheio duas salas de aula da escola da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, no campo de Jabaliya, revelaram os serviços de emergência.
Na noite de terça-feira (29), outros 13 palestinos morreram atingidos por disparos de tanques israelenses no campo de Jabalyia, de acordo com o chefe dos serviços de emergência da Faixa de Gaza, Ashraf al-Qudra.
Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército hebreu sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros. No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA.
A agência da ONU acusou o Exército de Israel de "grave violação do direito internacional" depois do ataque.
"Condeno da forma mais firme esta violação do direito internacional por parte das forças israelenses", declarou no comunicado Pierre Krahenbühl, chefe de UNWRA. "Peço à comunidade internacional que inicie uma ação política decidida para por fim de imediato ao massacre em andamento".
"Não há palavras para expressar minha cólera e indignação. É a sexta vez que uma de nossas escolas sofre um ataque", afirmou no Twitter.
O Exército israelense disse, após o ataque, que militantes palestinos haviam disparado bombas de perto da escola, e que Israel respondeu aos ataques. “Mais cedo, militantes dispararam morteiros contra soldados israelenses da vizinhança da escola da ONU em Jabaliya. Em resposta, os soldados dispararam contra a origem do fogo, e ainda estamos revisando o incidente”, informou um porta-voz militar.
No dia 24 de julho, um disparo de artilharia atingiu outra escola da ONU na Faixa de Gaza, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos. O Exército israelense negou sua responsabilidade no incidente.
Outros ataques
Na noite de terça-feira (29), outros 13 palestinos morreram atingidos por disparos de tanques israelenses no campo de Jabalyia, de acordo com o chefe dos serviços de emergência da Faixa de Gaza, Ashraf al-Qudra.
Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército hebreu sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros. No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA.
A agência da ONU acusou o Exército de Israel de "grave violação do direito internacional" depois do ataque.
"Condeno da forma mais firme esta violação do direito internacional por parte das forças israelenses", declarou no comunicado Pierre Krahenbühl, chefe de UNWRA. "Peço à comunidade internacional que inicie uma ação política decidida para por fim de imediato ao massacre em andamento".
"Não há palavras para expressar minha cólera e indignação. É a sexta vez que uma de nossas escolas sofre um ataque", afirmou no Twitter.
O Exército israelense disse, após o ataque, que militantes palestinos haviam disparado bombas de perto da escola, e que Israel respondeu aos ataques. “Mais cedo, militantes dispararam morteiros contra soldados israelenses da vizinhança da escola da ONU em Jabaliya. Em resposta, os soldados dispararam contra a origem do fogo, e ainda estamos revisando o incidente”, informou um porta-voz militar.
No dia 24 de julho, um disparo de artilharia atingiu outra escola da ONU na Faixa de Gaza, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos. O Exército israelense negou sua responsabilidade no incidente.
Outros ataques
Na madrugada desta quarta, a aviação de Israel matou sete palestinos de uma mesma família na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, informaram os serviços de emergência.
"Sete membros da família Abu Amer morreram nos intensos disparos de tanques contra sua casa, no leste de Khan Yunes. Os cadáveres foram retirados dos escombros e levados ao hospital Nasser de Khan Yunes", declarou Ashraf al-Qudra, porta-voz dos serviços de emergência da Faixa de Gaza.
Mesquita foi destruída por bombardeio em Gaza nesta quarta-feira (30) (Foto: Mahmud Hams/AFP)
Os ataques aéreos de Israel também atingiram três mesquitas, na cidade de Gaza, no campo de refugiados de Shati e em Rafah na madrugada desta quarta, segundo os serviços palestinos de segurança.
Durante a manhã, seis palestinos, entre eles três crianças, morreram em um ataque de tanques israelenses em Tuffah, um bairro do nordeste da cidade de Gaza, indicaram os serviços de emergência.
Com estas novas vítimas o número de mortos em Gaza nesta quarta já alcançou 67, elevando o número de vítimas desde o início da ofensiva, em 8 de julho, a 1.296 palestinos mortos e 7.200 feridos. Já Israel contabilizou 56 mortos, sendo 53 soldados e três civis.
Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel, foram realizados ataques contra 75 posições em Gaza nas últimas 24 horas, e três túneis entre o território palestino e Israel foram destruídos. Durante a noite, as forças também atacaram cinco mesquitas que eram utilizadas com “propósitos de terrorismo”, como “esconder armas e acesso a túneis”.
Na terça-feira (29), os bombardeios de Israel foram os mais violentos em dias, matando cerca de 100 pessoas, especialmente na Cidade de Gaza, no campo de Bureij (centro), em Jabaliya (norte) e na região de Rafah (sul).
Foguetes em escola
A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que cuida de refugiados palestinos disse nesta terça-feira (29) que encontrou um esconderijo de foguetes em uma de suas escolas na Faixa de Gaza e deplorou aqueles que colocaram o material no local.
O porta-voz da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, Chris Gunness, condenou os responsáveis por colocar civis em perigo armazenando os foguetes na escola, mas não culpou especificamente ninguém em particular.
"Condenamos o grupo ou grupos que colocaram civis em perigo, escondendo essas munições em nossa escola. Esta é mais uma flagrante violação da neutralidade de nossas instalações. Apelamos a todas as partes em conflito que respeitem a inviolabilidade da propriedade da ONU", disse Gunness em um comunicado.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou indignação na semana passada com a descoberta de 20 foguetes em uma escola vazia da agência e em outra escola uma semana antes.
Gunness disse que a organização convocou um especialista em munições para eliminar os foguetes e garantir a segurança da escola, mas acrescentou que ele não pode acessar o local devido aos combates na área.