O porta-voz de Putin disse que a medida do presidente tem por objetivo contribuir para as frágeis conversações de paz e pôr fim ao conflito
Correio do Brasil
Por Redação, com Reuters - de Moscou, Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta terça-feira que a Câmara Alta do Parlamento da Rússia revogasse o direito dado a ele para ordenar uma intervenção militar na Ucrânia em defesa de cidadãos de língua russa no país vizinho, disse o Kremlin em uma comunicado.
A medida deve ser bem recebida pelo Ocidente, como um sinal de que o governo russo pode estar pronto para ajudar a intermediar um acordo no leste da Ucrânia, onde um levante popular pró-Rússia e contra o governo de Kiev começou em abril.
O porta-voz de Putin disse que a medida do presidente tem por objetivo contribuir para as frágeis conversações de paz e pôr fim ao conflito.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, considerou a ação como “um primeiro passo prático” após a declaração de Putin, no último fim de semana, de que ajudaria o plano de paz de Poroshenko no leste da Ucrânia.
Em 1o de março, o Conselho Federal havia dado a Putin o direito de “usar as Forças Armadas da Federação russa no território da Ucrânia até que a situação social e política nesse país se normalize”.
Essa resolução, junto com a anexação da Crimeia pela Rússia, antes território ucraniano, fez com que as relações com o Ocidente atingissem seu pior estado desde a Guerra Fria, e levaram os Estados Unidos e a Europa a impor sanções a Moscou.
Ministros de Relações Exteriores da Europa indicaram na segunda-feira a possibilidade de mais sanções caso a Rússia não tomasse mais medidas para apoiar o processo de paz no leste da Ucrânia, e também pediram que revogasse a resolução de 1o de março.
- O presidente apresentou a proposta ao Conselho da Federação para cancelar… a resolução a respeito do uso das Forças Armadas da Rússia no território da Ucrânia – disse o Kremlin em um comunicado em seu website.
A presidente do Conselho, Valentina Matviyenko, disse que a Casa discutiria o pedido de Putin em 25 de junho.