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29 junho 2014

Iraque recebe aviões da Rússia em plena ofensiva contra insurgentes

Entrega acontece horas após início de ação para retomar a cidade de Tikrit.
Ofensiva liderada pelo EIIL já provocou mais de mil mortes.


France Presse

O Iraque recebeu da Rússia a primeira entrega de aviões de combate Sukhoi para ajudar em sua contra-ofensiva frente ao avanço dos rebeldes que tomaram grandes áreas do território iraquiano, ameaçando causar uma partição do país.

O anúncio por Bagdá desta entrega ocorre algumas horas depois o início de uma ação das forças do governo, apoiadas pela aviação, para retomar a cidade de Tikrit, antigo reduto de Saddam Hussein localizada 160 km ao norte de Bagdá.

O governo iraquiano já se beneficia de uma ajuda americana contra a ofensiva lançada em 9 de junho pelos insurgentes sunitas, liderados pelos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), que já provocou mais de mil mortes, segundo a ONU, e forçou a fuga de centenas de milhares de pessoas.

Enquanto o país é marcado por tensões religiosas, os apelos pela formação de um governo composto por todas as forças políticas e as comunidades aumentam, uma ideia que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki parece, finalmente, ter aceitado esta semana.

O Parlamento deve se reunir na terça-feira para iniciar este processo.

Caças russos

Os Su-25, aviões de ataque terrestre, devem ser guiados por pilotos da Força Aérea do tempo do regime de Saddam Hussein, que têm o hábito de conduzir tais aeronaves, segundo uma autoridade iraquiana.


Sukhoi Su-25 Frogfoot
Após a invasão do Iraque, que se traduziu na queda do regime em 2003, os Estados Unidos dissolveram o Exército e os serviços de segurança, e excluíram todos os funcionários do governo de Saddam Hussein.

Na quinta-feira, Maliki anunciou que Bagdá poderia comprar mais de uma dúzia de aviões fabricados pela Rússia, um acordo estimado em mais de 500 milhões de dólares.

Durante uma visita a Damasco no sábado, o vice-chanceler russo Sergei Ryabkov declarou que seu país não ficaria de "braços cruzados" frente a ofensiva dos jihadistas no Iraque, sem, contudo, detalhar o que o seu país poderia fazer.

"A situação é muito perigosa (...) e ameaça as bases do Estado iraquiano", afirmou, ressaltando que tanto na Síria quanto no Iraque a solução para a crise só poderia vir de um "diálogo nacional genuíno".

No terreno, milhares de soldados, apoiados por tanques e ataques da aviação, prosseguem com a ofensiva lançada no sábado em Tikrit, tomada em 11 de junho pelos insurgentes sunitas.

"As forças iraquianas avançam em diferentes locais" nas proximidades de Tikrit, indicou à imprensa o general Qassem Atta.

"Combates estão em curso", disse, antes de acrescentar que as forças governamentais explodiram de forma controlada bombas colocadas na estrada que leva à cidade.

Mais ao norte, combatentes tribais e locais apoiados pelas forças curdas avançam em direção a um vilarejo majoritariamente xiita ao sul de Kirkuk. Ao menos um combatente foi morto durante os confrontos.

À noite, combates foram registrados ao oeste de Tikrit, assim como 20 km ao sul, em Dejla, segundo testemunhas e uma fonte militar.

Na quinta-feira, o Exército assumiu o controle da Universidade de Tikrit, na estrada para Baiji (norte), a maior refinaria de petróleo do Iraque.

E de acordo com o general Qassem Atta, o Exército também controla agora a estrada de Bagdá para Samarra, ao sul de Tikrit.

Além de Tikrit e de outras áreas da província de Saladino (norte), os rebeldes controlam Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, grande parte da província de Nínive (norte), algumas localidades de Diyala (leste), Kirkuk (norte) e Al-Anbar (oeste).

O Iraque exige há várias semanas ataques aéreos americanos contra os insurgentes e as autoridades iraquianas têm expressado frustração que os acordos prevendo o fornecimento de caças F-16 e helicópteros Apache ainda não foram implementadas.


AH-64 Apache
No Vaticano, o Papa Francisco fez um apelo aos líderes iraquianos para que façam de tudo para "preservar a unidade nacional e evitar a guerra", durante o Angelus deste domingo.

E as agências internacionais lançaram um alerta sobre as consequências humanitárias do conflito, que levou 1,2 milhão de iraquianos a fugir de suas casas desde o início do ano.

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