Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da OTAN disse ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung que os acontecimentos em curso na Ucrânia deveriam servir como sinal aos países membros do Pacto e os instou a aumentar suas despesas militares.
“Cessem de reduzir constantemente despesas militares, invertam esta tendência e canalizem, passo a passo, cada vez mais verbas para a defesa”, declarou. Ao justificar sua posição, Rasmussen alegou que a Rússia teria aumentado suas despesas militares em 30% enquanto alguns países europeus as reduziram em 40%. Esta semana, idênticos apelos aos países membros da OTAN foram lançados pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry e pelo chefe do Pentágono, Chuck Hagel.
De acordo com Rasmussen, “a Rússia se comporta atualmente antes como adversário do que como parceiro”, adianta o jornal alemão. O secretário-geral dissuadiu a Rússia de continuar desestabilizando a situação na Ucrânia, coisa que, em sua opinião, “seria um erro histórico”, reconhecendo, porém, que a OTAN não tinha soluções militares para a crise na Ucrânia. Em seu entender, há uma necessidade de tornar a OTAN “mais visível” no espaço dos países membros. A promessa de não instalar, a título permanente, tropas e armamentos nos novos países membros da OTAN, dada pelo Pacto à Rússia em 1997, não funciona quando muda o nível de segurança, disse Rasmussen ao jornal alemão.