O líder do movimento público Sudeste, Oleg Tsarev, que anunciou sua retirada das eleições presidenciais na Ucrânia, está convencido de que o número de mortos nos confrontos em Odessa, em 02 de maio, superou uma centena, entre as vítimas há crianças.
Porém, ele não conseguiu fornecer quaisquer provas disso.
"Acreditamos que o número de mortos na Casa de Sindicatos ultrapassou uma centena. Estamos convencidos de que a polícia bloqueou a entrada do edifício para que ninguém pudesse contar os cadáveres. Sabemos que lá há crianças pequenas. E acreditamos que o governo fará tudo para esconder os vestígios do seu crime. Queremos investigar e julgar aqueles que causaram esse terrível crime", disse ele à RIA Novosti.
Segundo ele, o atual governo "não tem direito de investigar este caso". "Porque o governo atual, governo interino, foi o organizador do que aconteceu lá", concluiu Tsarev.
Mais cedo, o deputado do Conselho Regional de Odessa, Vadim Savenko, declarou também que as autoridades de Kiev escondem informação sobre os ativistas do Antimaidan mortos na Casa dos Sindicatos. Segundo ele, em Odessa, em 02 de maio, morreram 116 pessoas. Respondendo à pergunta por que esse número de mortos supera em mais de duas vezes os dados oficiais, Savenko declarou que "as autoridades ucranianas foram incumbidas a esconder as dimensões da tragédia, a fim de esconder do público mundial o fato de em Odessa ter sido realizada operação punitiva contra os ativistas pró-russos".
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que a tragédia em Odessa tornou-se mais uma evidência de que as autoridades atuais de Kiev têm contado "na força e intimidação". O ministro do Interior do governo autoproclamado da Ucrânia, Arsen Avakov, declarou que o departamento tem sérias pretensões em relação às ações dos policiais de Odessa durante os motins, assim como de outras agências de aplicação da lei, em particular, dos serviços de emergência e órgãos da promotoria.