Os Estados Unidos "não têm evidências", no momento, de que as tropas russas tenham se retirado da fronteira com a Ucrânia, disse nesta quarta-feira um porta-voz da Casa Branca.
Em declarações a repórteres a bordo do avião presidencial Air Force One, o porta-voz Josh Earnest afirmou que, "no momento, não há evidências de que tenha ocorrido uma retirada" de tropas.
Earnest ressaltou também que, se for confirmada, seria "certamente bem-vinda uma retirada significativa e transparente" dos militares russos.
Suas declarações coincidem com as da Otan, que pouco antes havia indicado em um comunicado que não tinha informações sobre "uma mudança na posição das forças militares ao longo da fronteira com a Ucrânia".
O porta-voz da Presidência americana falou horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter se reunido com o presidente da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), o suíço Didier Burkhalter.
Depois do encontro, Putin pediu que os separatistas pró-Rússia adiem o referendo de independência em Donetsk e anunciou a retirada das forças russas da fronteira com a ex-república soviética.
"Nos disseram que a mobilização de nossas tropas na fronteira com a Ucrânia preocupava", indicou Putin, explicando que os soldados estão agora "nos campos de treinamento", onde "fazem seus exercícios habituais".