Os EUA, nos acontecimentos na Ucrânia, colocaram-se ao lado dos neonazis locais, escreve William Blum, historiador e autor de livros sobre política externa.
Voz da Rússia
Numa das suas recentes intervenções, Barack Obama, presidente norte-americano, declarou que a Rússia se encontra no “lado errado” da história, embora, no último meio-século, nenhum país do mundo tenha sido alvo de tantas críticas devido à sua política externa como os EUA, assinala Blum.
Barack Obama justifica, nos discursos públicos, a sua política face à Ucrânia com o desejo de defender os aliados da OTAN e o “governo legítimo” em Kiev, embora a Ucrânia não seja membro da Aliança Atlântica e o regime de Kiev tenha chegado ao poder com a ajuda de um golpe de estado e alguns ministros do novo governo sejam membros de partidos da extrema-direita, sublinha o perito.
Os mídias norte-americanos deturpam sistematicamente a razão dos protestos no Leste da Ucrânia, considerando-os pró-russos, mas os combatentes simplesmente se recusam a reconhecer o novo regime e o derrube do governo anterior democraticamente eleito, considera o historiador.
Segundo William Blum, os erros dos americanos relativamente aos acontecimentos no mundo podem causar muitos prejuízos.