O Kremlin diz-se inquieto com o possível reforço da presença militar da NATO no Leste da Europa. A informação é avançada pelas agências russas, que citam o ex-ministro da Defesa e colaborador próximo do presidente, Sergei Ivanov.
Esta quarta-feira, o secretário-geral da Aliança Atlântica voltou a deixar um aviso a Moscovo, sublinhando que “se a Rússia voltar a intervir na Ucrânia” ele não hesitará “em chamar-lhe um erro histórico, que conduzirá a um ainda maior isolamento internacional da Rússia”.
O general norte-americano Philip Breedlove, comandante das forças da NATO na Europa, disse por seu lado que é “incrivelmente inquietante” a presença maciça de tropas russas junto à fronteira ucraniana.
Exilado na Rússia, o presidente deposto da Ucrânia diz que “não pode aceitar” a anexação da Crimeia, rejeitando as responsabilidades da perda da península ucraniana sobre o novo poder em Kiev.
Viktor Ianukovitch diz que “a dor e tragédia do que aconteceu na Crimeia é um claro exemplo, que é difícil de digerir. É um exemplo gráfico, quando a população de uma região tão grande organiza um referendo num sentimento de protesto e se separa efetivamente da Ucrânia”.
Enquanto Kiev e a NATO receiam novas incursões, uma sondagem revela que 67 por cento dos russos defende que o seu país devia integrar outras regiões ucranianas.