O presidente da Corporação Aeronáutica Unida (OAK), Mikhail Pogosyan, declarou que o projeto de concepção do futuro bombardeiro estratégico russo PAK DA já terminou “no papel”.
Vassili Kashin | Voz da Rússia
A Rússia e a China são os únicos países, além dos EUA, que estão desenvolvendo projetos de futuros bombardeiros de longo alcance, o que torna possível e desejável uma estreita cooperação entre os construtores chineses e russos.
Quanto ao aparelho militar russo, neste momento falta “completar a concepção do avião e fabricar as suas partes componentes”.
Foto: militaryrussia.ru |
O aspeto técnico do futuro bombardeiro russo ainda não foi divulgado. Segundo preveem os peritos, ele deverá ser um avião subsônico, com baixo nível de detecção por radares, em parte semelhante ao norte-americano B-2 Spirit. O desenvolvimento das tecnologias furtivas para o avião T-50 pode facilitar sua concepção. Em caso de se conjugarem circunstâncias favoráveis, será provavelmente possível esperar o início do fabrico do avião na primeira metade da próxima década. O projeto do avião é da responsabilidade da companhia Tupolev, que faz parte da OAK e que foi criada com base no gabinete de projetos soviético que se dedicava aos bombardeiros.
As informações acerca do projeto chinês são tão vagas como as do projeto russo. Ambos os países necessitam dos bombardeiros como um dos elementos de contenção estratégica. Além disso, a Rússia, devido às enormes dimensões do seu território, precisa de um avião de grande autonomia e capaz de atacar qualquer ponto dentro do perímetro das suas fronteiras. Já a China necessita de um bombardeiro capaz de atingir alvos navais e terrestres afastados no oceano Pacífico.
Em condições de uma forte deterioração nas relações entre a Rússia e o Ocidente e de uma aproximação russo-chinesa, o desenvolvimento nos dois países de dois projetos independentes para aplicações semelhantes não parece racional. Seria completamente justificável, nas atuais condições, realizar um projeto conjunto de um bombardeiro de longo curso russo-chinês. Isso permitiria partilhar seus enormes custos e os riscos técnicos associados à concepção deste tipo de aeronaves. O seu fabrico conjunto seria um fator adicional no reforço da confiança mútua nas áreas militar e técnico-militar.
As vantagens e desvantagens das indústrias russa e chinesa iriam nesse caso se complementar. A Rússia tem uma supremacia clara sobre a China pela experiência que tem em projetos deste tipo de aviões, na construção de motores, em tecnologias de radares e numa série de outras áreas. Simultaneamente, a China obteve êxitos consideráveis na área do fabrico de compósitos aeronáuticos e de alguns tipos de componentes eletrônicos. Visto que os bombardeiros estratégicos, ao contrário dos aviões militares táticos, praticamente não são exportados, os participantes do projeto não teriam a recear que essa cooperação pudesse criar novas contradições entre eles no mercado internacional de armamentos.
Num mundo que assiste ao recrudescimento da corrida tecnológica-militar, os EUA apostam no alargamento da cooperação internacional e na atração para seus projetos de participantes de países seus aliados, como o Reino Unido e o Japão. Para manter suas posições próprias, a Rússia e a China, que são as maiores potências técnico-militares do mundo não-ocidental, têm de reforçar sua cooperação.
Contudo, infelizmente neste momento a política de ambas as partes é dominada pelo espírito de concorrência e pelo desejo de alcançar um sucesso a curto prazo.
As informações acerca do projeto chinês são tão vagas como as do projeto russo. Ambos os países necessitam dos bombardeiros como um dos elementos de contenção estratégica. Além disso, a Rússia, devido às enormes dimensões do seu território, precisa de um avião de grande autonomia e capaz de atacar qualquer ponto dentro do perímetro das suas fronteiras. Já a China necessita de um bombardeiro capaz de atingir alvos navais e terrestres afastados no oceano Pacífico.
Em condições de uma forte deterioração nas relações entre a Rússia e o Ocidente e de uma aproximação russo-chinesa, o desenvolvimento nos dois países de dois projetos independentes para aplicações semelhantes não parece racional. Seria completamente justificável, nas atuais condições, realizar um projeto conjunto de um bombardeiro de longo curso russo-chinês. Isso permitiria partilhar seus enormes custos e os riscos técnicos associados à concepção deste tipo de aeronaves. O seu fabrico conjunto seria um fator adicional no reforço da confiança mútua nas áreas militar e técnico-militar.
As vantagens e desvantagens das indústrias russa e chinesa iriam nesse caso se complementar. A Rússia tem uma supremacia clara sobre a China pela experiência que tem em projetos deste tipo de aviões, na construção de motores, em tecnologias de radares e numa série de outras áreas. Simultaneamente, a China obteve êxitos consideráveis na área do fabrico de compósitos aeronáuticos e de alguns tipos de componentes eletrônicos. Visto que os bombardeiros estratégicos, ao contrário dos aviões militares táticos, praticamente não são exportados, os participantes do projeto não teriam a recear que essa cooperação pudesse criar novas contradições entre eles no mercado internacional de armamentos.
Num mundo que assiste ao recrudescimento da corrida tecnológica-militar, os EUA apostam no alargamento da cooperação internacional e na atração para seus projetos de participantes de países seus aliados, como o Reino Unido e o Japão. Para manter suas posições próprias, a Rússia e a China, que são as maiores potências técnico-militares do mundo não-ocidental, têm de reforçar sua cooperação.
Contudo, infelizmente neste momento a política de ambas as partes é dominada pelo espírito de concorrência e pelo desejo de alcançar um sucesso a curto prazo.