Vídeos postados na internet revelam como é a vida dos extremistas que lutam contra o governo de Bashar al-Assad
Richard Hall | Independent | O Globo
LONDRES — Como uma versão surreal da série de sucesso da MTV “Cribs”, um cidadão britânico que está lutando com os rebeldes na Síria divulgou um vídeo que mostra a casa que divide com outros rebeldes no país. Com os serviços de segurança do Reino Unido cada vez mais preocupados com o número de britânicos que viajam para se juntar a grupos extremistas na Síria, o vídeo oferece uma visão única do dia a dia daqueles que já fizeram a jornada.
— Hoje queremos mostrar para vocês a vida com os irmãos na base – diz o homem, conhecido apenas pelo seu nome de guerra, Abu Abdullah. - Tem-se falado muito da chamada “jihad cinco estrelas” e a maneira como os mujahedeen vivem nestas casas e mansões com armários cheios de doces. Mas a verdade está longe disso.
Abu Abdullah, que acredita-se ser integrante do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis), aparece em numerosos vídeos similares em que convoca os britânicos islâmicos a se juntarem a ele na Síria. Enquanto muitas peças de propaganda de organizações jihadistas procuram glamorizar a vida de um rebelde, o vídeo de Abu Abdullah's parece dirigido para apresentar um retrato mais realista das dificuldades que eles enfrentam.
— Este é o quarto onde os mujahedeen dormem — diz para a câmera, imitando o estilo de um show da MTV no qual celebridades convidam o público para passear por suas casas. — É uma vida muito simples. Você tem seu colchão aqui onde seis ou sete irmãos dormem no chão. Na maior parte do tempo não temos eletricidade. Não é o hotel cinco estrelas que as pessoas dizem. Este aquecedor não funciona e só usamos água fria.
Este último vídeo é parte de uma tendência mais ampla dos grupos extremistas da Síria de usar as redes sociais para promover sua causa e encorajar outros a se juntarem à guerra civil, que já dura três anos. No Facebook, Twitter e YouTube, os grupos rebeldes com operações de mídia postam fotografias e vídeos que exploram os campos de batalha e orgulhosamente exibem suas armas. O vídeo foi colocado na internet por um grupo que autointitula Rayat al Tawheed (Bandeira de Deus) e alega ser o braço de mídia em inglês do Isis.
O Isis — que anteriormente foi afiliado à al-Qaeda até se dissociar do grupo — é dominado por combatentes estrangeiros que acreditam na criação de um Estado islâmico na Síria, Iraque e Líbano. O grupo opera atraves das fronteiras da Síria e Iraque e tem atraído extremistas islâmicos de ao redor do mundo para sua causa. Ele também tem sido apontado como culpado por uma série de atrocidades contra seus rivais.
O número total de britânicos que participa do conflito é estimado em “centenas”, com pelo menos 20 já tendo morrido nos combates. Charles Farr, chefe do setor de terrorismo do Home Office (departamento ministerial do Reino Unido responsável por questões de imigração, segurança, lei e ordem), recentemente alertou que os britânicos que vão para a Síria representam “o maior desafio” para os serviços de segurança desde os ataques às Torres Gêmeas do Wolrd Trade Center, em Nova York, em 2001.
À medida que o Isis e outros grupos jihadistas estão sendo submetidos a maiores pressões de outros rebeldes, muitos combatentes estrangeiros fugiram da Síria e retornaram aos seus países de origem. Autoridades de segurança dizem que cerca de 250 “turistas extremistas” britânicos voltaram para casa e agora são suspeitos de planejaram ataques em solo britânico. A Scotland Yard revelou no início deste ano que as prisões relacionadas ao terrorismo sírio subiram para 16 até o momento, comparadas a um total de 24 em todo ano de 2013.
— Hoje queremos mostrar para vocês a vida com os irmãos na base – diz o homem, conhecido apenas pelo seu nome de guerra, Abu Abdullah. - Tem-se falado muito da chamada “jihad cinco estrelas” e a maneira como os mujahedeen vivem nestas casas e mansões com armários cheios de doces. Mas a verdade está longe disso.
Abu Abdullah, que acredita-se ser integrante do grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis), aparece em numerosos vídeos similares em que convoca os britânicos islâmicos a se juntarem a ele na Síria. Enquanto muitas peças de propaganda de organizações jihadistas procuram glamorizar a vida de um rebelde, o vídeo de Abu Abdullah's parece dirigido para apresentar um retrato mais realista das dificuldades que eles enfrentam.
— Este é o quarto onde os mujahedeen dormem — diz para a câmera, imitando o estilo de um show da MTV no qual celebridades convidam o público para passear por suas casas. — É uma vida muito simples. Você tem seu colchão aqui onde seis ou sete irmãos dormem no chão. Na maior parte do tempo não temos eletricidade. Não é o hotel cinco estrelas que as pessoas dizem. Este aquecedor não funciona e só usamos água fria.
Este último vídeo é parte de uma tendência mais ampla dos grupos extremistas da Síria de usar as redes sociais para promover sua causa e encorajar outros a se juntarem à guerra civil, que já dura três anos. No Facebook, Twitter e YouTube, os grupos rebeldes com operações de mídia postam fotografias e vídeos que exploram os campos de batalha e orgulhosamente exibem suas armas. O vídeo foi colocado na internet por um grupo que autointitula Rayat al Tawheed (Bandeira de Deus) e alega ser o braço de mídia em inglês do Isis.
O Isis — que anteriormente foi afiliado à al-Qaeda até se dissociar do grupo — é dominado por combatentes estrangeiros que acreditam na criação de um Estado islâmico na Síria, Iraque e Líbano. O grupo opera atraves das fronteiras da Síria e Iraque e tem atraído extremistas islâmicos de ao redor do mundo para sua causa. Ele também tem sido apontado como culpado por uma série de atrocidades contra seus rivais.
O número total de britânicos que participa do conflito é estimado em “centenas”, com pelo menos 20 já tendo morrido nos combates. Charles Farr, chefe do setor de terrorismo do Home Office (departamento ministerial do Reino Unido responsável por questões de imigração, segurança, lei e ordem), recentemente alertou que os britânicos que vão para a Síria representam “o maior desafio” para os serviços de segurança desde os ataques às Torres Gêmeas do Wolrd Trade Center, em Nova York, em 2001.
À medida que o Isis e outros grupos jihadistas estão sendo submetidos a maiores pressões de outros rebeldes, muitos combatentes estrangeiros fugiram da Síria e retornaram aos seus países de origem. Autoridades de segurança dizem que cerca de 250 “turistas extremistas” britânicos voltaram para casa e agora são suspeitos de planejaram ataques em solo britânico. A Scotland Yard revelou no início deste ano que as prisões relacionadas ao terrorismo sírio subiram para 16 até o momento, comparadas a um total de 24 em todo ano de 2013.