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13 março 2014

Submarinos perderão base caso Escócia declare independência

Escócia declarou que frota de submarinos do Reino Unido deverão deixar o país caso a população vote pela independência em plebiscito


Poder Naval

Em comunicado oficial, o governo da Escócia declarou que toda a frota de submarinos do Reino Unido deverá se retirar da base naval de Clyde, no leste do país, caso a população escocesa vote pela independência em plebiscito a ser realizado em setembro deste ano.

Esse seria um golpe fatal nos planos do Ministério da Defesa de tornar a base naval, conhecida também como Faslane, como alocação oficial dos 14 submarinos nucleares nas próximas décadas. Os quatro navios da classe Trident, três da classe Trafalgar e sete da nova classe Astute teriam que encontrar outra base no litoral da Inglaterra. O comunicado das autoridades escocesas foi bem recebido por ativistas contra energia nuclear, que classificam os submarinos de “usinas de Chernobyl flutuantes” desde o acidente devastador na Ucrânia em 1986.

Em 2011, o governo da Escócia recebeu bem a decisão de basear os Astute em Faslane por conta da geração de empregos. Porém, a decisão foi publicamente repudiada por ativistas, levando à mudança no discurso. Agora, as autoridades dizem não haver finalidade para submarinos nucleares em uma Escócia independente. “Não vemos interesse para a Escócia na alocação de frotas de Astute ou Trafalgar em Faslane para além do período de transição necessário”, declarou um porta-voz do governo.

Ministros do país esperam que a transição pós-independência não leve mais de dez anos. “O governo escocês é fortemente favorável a uma abordagem convencional para a defesa do país, com Faslane sendo a maior base naval não-nuclear”, completou o porta-voz. Caso a base naval de Clyde se torne inviável, a principal alternativa para os submarinos é a base naval de Devonport, em Playmouth, no sul da Inglaterra. Os navios da classe Trafalgar se encontram lá, aguardando a mudança para Clyde, prevista para 2017.

O MoD britânico aponta que Faslane vem sendo o maior ponto de geração de empregos na Escócia, mobilizando 6700 postos de trabalho civis e militares. Segundo porta-voz do ministério, esse número pode subir para 8200 até o ano de 2022, à medida em que os submarinos sejam alocados. “Não estamos traçando planos de contingência, pois acreditamos que o povo escocês votará a favor de se manter parte da família do Reino Unido”, argumentou. “Inviabilizar Faslane como base operacional para submarinos de ataque comprometeria gravemente a defesa do Reino Unido, incluindo a Escócia”, completa. No entanto, o governo escocês declarou que espera manter os postos de trabalho na região por conta das obras de conversão das instalações para uma base convencional.

FONTE: Herald Scotland via Naval Open Source Intelligence (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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