1,2 milhão de eleitores votaram pela anexação ao país vizinho.
Parlamento crimeano deverá aprovar resultado nesta segunda-feira (17).
Do G1, com agências internacionais
Uma maioria de 96,8% dos votos do referendo realizado neste domingo (16) na Crimeia apontou que é a favor da união da República Autônoma da Crimeia à Rússia, informou nesta segunda-feira (17) Mikhail Malishev, chefe da comissão eleitoral local, após a apuração total dos votos, de acordo com a agência de notícias Associated Press. Isso representa 1,2 milhão de eleitores.
O parlamento crimeano aprovou os resultados do referendo e e pediu oficialmente a Moscou para que aceite a república separatista ucraniana dentro da Federação Russa.
Também nesta segunda, o presidente do legislativo crimeano, Vladimir Konstantinov, anunciou que as unidades militares ucranianas no território da Crimeia serão dissolvidas, mas os militares poderão continuar a viver na península se desejarem.
"Tudo o que se encontra aqui no território, claro, nacionalizaremos. As unidades militares serão dissolvidas, e os que quiserem podem continuar a viver aqui, por favor", afirmou Konstantinov, que acrescentou que "será um processo de reorganização normal".
Ele também deu as boas-vindas aos militares que quiserem jurar lealdade à nova formação autoproclamada. E assinalou que os militares ucranianos que desejarem ficar na península "encontrarão um exército normal, sério, e terão a oportunidade de obter um bom salário, digno e de servir a nossa pátria".
O Parlamento da Rússia anunciou aprovará legislação para permitir a anexação “num futuro muito próximo”, segundo a agência de notícias Interfax, que citou a declaração de um deputado.
“Eu não acredito que haverá qualquer demora em considerar essas questões na Duma (câmara baixa) ou no Conselho da Federação (câmara alta). Estamos prontos para aprovar todas as decisões legais necessárias o mais rápido possível”, disse Ilyas Umakhanov, do Conselho da Federação à emissora de televisão russa "Rossiya 24".
Antes mesmo de a votação começar, Estados Unidos e União Europeia comunicaram que não iriam aceitar o resultado do referendo, considerado ilegítimo. O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele disse que os EUA e seus aliados estão "preparados" para aplicar sanções a Moscou após o referendo na Crimeia. Ele ainda alertou Putin, segundo a Casa Branca, que os exercícios militares russos na fronteira da Ucrânia "só aumentam a tensão".
Milhares de pessoas celebravam o resultado na praça central da cidade de Simferopol desde quando autoridades separatistas anunciaram que metade das urnas já haviam sido apuradas e a maioria dos votos (95%) apoiava a anexação à Rússia.
Pouco antes, logo após o encerramento da votação às 20 horas locais (15 horas de Brasília), uma pesquisa de boca de urna apontava que 93% da população do território optaram pela anexação da região com a Rússia. O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Política e Sociológica da República da Crimeia e foi divulgado pelos meios de comunicação russos.
O parlamento da Crimeia já se antecipou ao resultado oficial e anunciou que deve pedir nesta segunda-feira (17) sua incorporação à Rússia. A solicitação será feita diretamente ao presidente do país, Vladimir Putin, afirmou o primeiro-ministro crimeano, Sergei Axionov.
Axionov comemorou o resultado do referendo com a multidão que estava reunida em Simferopol. 'Voltamos para casa!', gritou. "A Crimeia vai para a Rússia", disse o premiê, antes de se juntar ao coro de pessoas e marinheiros da Frota do Mar Negro que cantavam o hino russo.
A anexação, no entanto, promete não ser fácil. Os Estados Unidos voltaram a rejeitar neste domingo o referendo e criticaram as ações "perigosas e desestabilizadoras" de Moscou na crise.
"Esse referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A votação
O parlamento crimeano aprovou os resultados do referendo e e pediu oficialmente a Moscou para que aceite a república separatista ucraniana dentro da Federação Russa.
Também nesta segunda, o presidente do legislativo crimeano, Vladimir Konstantinov, anunciou que as unidades militares ucranianas no território da Crimeia serão dissolvidas, mas os militares poderão continuar a viver na península se desejarem.
"Tudo o que se encontra aqui no território, claro, nacionalizaremos. As unidades militares serão dissolvidas, e os que quiserem podem continuar a viver aqui, por favor", afirmou Konstantinov, que acrescentou que "será um processo de reorganização normal".
Ele também deu as boas-vindas aos militares que quiserem jurar lealdade à nova formação autoproclamada. E assinalou que os militares ucranianos que desejarem ficar na península "encontrarão um exército normal, sério, e terão a oportunidade de obter um bom salário, digno e de servir a nossa pátria".
O Parlamento da Rússia anunciou aprovará legislação para permitir a anexação “num futuro muito próximo”, segundo a agência de notícias Interfax, que citou a declaração de um deputado.
“Eu não acredito que haverá qualquer demora em considerar essas questões na Duma (câmara baixa) ou no Conselho da Federação (câmara alta). Estamos prontos para aprovar todas as decisões legais necessárias o mais rápido possível”, disse Ilyas Umakhanov, do Conselho da Federação à emissora de televisão russa "Rossiya 24".
Antes mesmo de a votação começar, Estados Unidos e União Europeia comunicaram que não iriam aceitar o resultado do referendo, considerado ilegítimo. O presidente dos EUA, Barack Obama, conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele disse que os EUA e seus aliados estão "preparados" para aplicar sanções a Moscou após o referendo na Crimeia. Ele ainda alertou Putin, segundo a Casa Branca, que os exercícios militares russos na fronteira da Ucrânia "só aumentam a tensão".
Milhares de pessoas celebravam o resultado na praça central da cidade de Simferopol desde quando autoridades separatistas anunciaram que metade das urnas já haviam sido apuradas e a maioria dos votos (95%) apoiava a anexação à Rússia.
Pouco antes, logo após o encerramento da votação às 20 horas locais (15 horas de Brasília), uma pesquisa de boca de urna apontava que 93% da população do território optaram pela anexação da região com a Rússia. O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Política e Sociológica da República da Crimeia e foi divulgado pelos meios de comunicação russos.
O parlamento da Crimeia já se antecipou ao resultado oficial e anunciou que deve pedir nesta segunda-feira (17) sua incorporação à Rússia. A solicitação será feita diretamente ao presidente do país, Vladimir Putin, afirmou o primeiro-ministro crimeano, Sergei Axionov.
Axionov comemorou o resultado do referendo com a multidão que estava reunida em Simferopol. 'Voltamos para casa!', gritou. "A Crimeia vai para a Rússia", disse o premiê, antes de se juntar ao coro de pessoas e marinheiros da Frota do Mar Negro que cantavam o hino russo.
A anexação, no entanto, promete não ser fácil. Os Estados Unidos voltaram a rejeitar neste domingo o referendo e criticaram as ações "perigosas e desestabilizadoras" de Moscou na crise.
"Esse referendo é contrário à Constituição da Ucrânia, e a comunidade internacional não reconhecerá os resultados desta votação realizada sob ameaças de violência e intimidação por parte da intervenção militar russa", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A votação
Os cidadãos de origem étnica russa formam 58% da população da região da Crimeia. As minorias ucraniana e tártara decidiram boicotar a votação. O número total de pessoas aptas a votar era de 1,5 milhão. Após o fechamento dos colégios, a comissão eleitoral informou que a participação foi superior a 80%. Na cidade de Sebastopol, onde a frota russa do Mar Negro tem sua base, e com um estatuto especial, o número chegou a 85%.
Agências de notícia russas chegaram a anunciar que o resultado seria mais de 90% dos votos a favor da anexação.
Na cédula de votação os eleitores foram questionados se desejariam que a Crimeia voltasse a fazer parte da Rússia. Uma segunda era se a Ucrânia deveria retornar ao status que tinha na Constituição de 1992, quando tinha mais autonomia.