Outros programas também podem ser afetados
InfoRel
Brasília - O programa de modernização do AMX da Força Aérea Brasileira está atrasado e a FAB teme que outros programas também sejam atingidos. O segundo AMX modernizado para a versão A-1 pela Embraer Defesa e Segurança, em um contrato que inclui outras empresas como AEL, Mectron e Akaer foi entregue ao Esquadrão Adelphi no dia 21 de fevereiro, cinco meses depois do primeiro também destinado a esta unidade.
De acordo com a FAB, os prazos de entrega dependem diretamente da disponibilidade de recursos do ministério da Defesa, que no dia 23 de fevereiro sofreu um corte de cerca de 10% do seu orçamento, algo como R$ 3,5 bilhões.
Desta forma, a entrega de outras 43 unidades do AMX previstas para acontecer até 2017 seria atrasada em pelo menos sete anos.
O cenário é preocupante admitem oficiais da Defesa. Projetos como do novo blindado Guarani, o Sistema de Artilharia Astros 2020, o cargueiro KC-390 e a modernização dos A-4 aeronavais, poderão ser atingidos. No caso do Astros 2020, os cortes podem inclusive inviabilizar a Avibras, empresa que ainda está em recuperação financeira.
Por conta dos cortes, as discussões e polêmicas entre militares e civis que representam empresas do setor, aumentaram consideravelmente.
É que muitos reclamam da lista de 26 Empresas Estratégicas de Defesa, relação elaborada pelo ministério da Defesa e que inclui empresas como Embraer, Azute e Bradar, mas que teria deixado de fora outras como Embraer Segurança e Defesa, Helibras e AEL.
Um dos casos questionados diz respeito a carioca Condor que produz armamento não letal e não contaria com capacidade tecnológica para beneficiar-se das vantagens fiscais oferecidas às empresas consideradas estratégicas.