Líderes do G7 instaram a Rússia nesta quarta-feira a parar de tentar "anexar" a Crimeia, região autônoma atualmente parte da Ucrânia.
BBC Brasil
O grupo de países mais desenvolvidos disse, em comunicado conjunto, que a eventual anexação da Crimeia pela Rússia forçaria a tomada de "ações individuais e coletivas" de Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, EUA e Japão. Acredita-se que o grupo contemple sanções econômicas (e não ações militares) contra Moscou.
O G7 também afirmou que não reconhecerá os resultados do referendo, convocado para este domingo, em que moradores da Crimeia votarão na possibilidade de se unir a Moscou ou continuar sob o governo de Kiev.
A alegação é de que a medida - aprovada pelos Parlamentos de Crimeia e Rússia - tem "impacto na unidade, soberania e integridade territorial da Ucrânia" e "viola diretamente" a Constituição ucraniana.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou que viajará a Londres para nova reunião, na sexta-feira, com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em uma tentativa final de evitar mais uma escalada na crise ucraniana.
O grupo de países mais desenvolvidos disse, em comunicado conjunto, que a eventual anexação da Crimeia pela Rússia forçaria a tomada de "ações individuais e coletivas" de Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, EUA e Japão. Acredita-se que o grupo contemple sanções econômicas (e não ações militares) contra Moscou.
O G7 também afirmou que não reconhecerá os resultados do referendo, convocado para este domingo, em que moradores da Crimeia votarão na possibilidade de se unir a Moscou ou continuar sob o governo de Kiev.
A alegação é de que a medida - aprovada pelos Parlamentos de Crimeia e Rússia - tem "impacto na unidade, soberania e integridade territorial da Ucrânia" e "viola diretamente" a Constituição ucraniana.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou que viajará a Londres para nova reunião, na sexta-feira, com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em uma tentativa final de evitar mais uma escalada na crise ucraniana.
Militarização
O chefe de segurança nacional ucraniano, Andriy Parubiy, afirmou, também nesta quarta, que aumentou fortemente o contingente militar russo nas fronteiras com a Ucrânia. Ele alega que não houve um recuo russo após a realização de exercícios militares na região, no mês passado.
"O Exército russo está a apenas duas ou três horas de distância de Kiev", afirmou, agregando que unidades ucranianas também estão posicionadas "para reagir a ataques vindos de qualquer direção".
Ele também acusou Moscou de mandar "agentes subversivos" na região fronteiriça para tentar criar pretextos para o envio de tropas militares.
Segundo Parubiy, o Parlamento ucraniano decidirá nesta quinta-feira se estabelecerá uma Guarda Nacional de 20 mil homens, recrutados entre os ativistas que participaram dos recentes protestos no país e de academias militares. O objetivo é fortalecer as defesas ucranianas.
Tratado com a Europa
A recente onda de protestos na Ucrânia - e estopim da atual crise no país - começou em novembro, após a recusa do presidente destituído, Viktor Yanukovych, em assinar um tratado de aproximação comercial com a União Europeia, favorecendo em vez disso os laços com a Rússia.
Isso despertou a ira de parte da população que deseja a integração com a Europa, bem como evidenciou o cabo de guerra entre Moscou e países europeus na tentativa de manter sua influência sobre a Ucrânia.
Agora, o tratado recusado por Yanukovych volta à mesa, num momento em que a Ucrânia tem um governo interino pró-Europa.
Em entrevista coletiva conjunta em Varsóvia, o premiê polonês, Donald Tusk, e a chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel, afirmaram que a União Europeia deve assinar, na semana que vem, a parte política do acordo com a Ucrânia.