Autoridades do Ministério da Defesa garantem que verificação do grau de prontidão das Forças armadas já havia sido programada antes dos desdobramentos da crise no país vizinho.
Ekaterina Turicheva | Gazeta Russa
Reportagem combinada
Na última quarta-feira (26), o presidente Vladímir Pútin ordenou a súbita realização de exercícios militares para verificação do grau de prontidão dos distritos militares ocidental (DMO) e central (DMC). Também foram colocados em estado de alerta o Comando de Defesa Aeroespacial, as Tropas Aerotransportadas e a aviação de transporte militar de longo alcance.
“No ano passado, aumentamos os indicadores de correção dos equipamentos, bem como o número de efetivos nas formações das unidades militares. Queremos agora ver a consistência da sua operacionalidade”, explicou o ministro da Defesa russo, Serguêi Choigu. Até o dia 7 de março, as tropas irão regressar aos seus locais de origem.
Os testes estão sendo realizados nas fronteiras da Rússia com outros países, incluindo a Ucrânia, mas os responsáveis pela pasta ressaltaram que a iniciativa repentina nada tem a ver com a crise política no país. “Independentemente de qualquer evento, é necessário cuidar da prontidão das Forças Armadas”, disse o vice-ministro da Defesa, Anatóli Antonov, acrescentando que os testes já estavam programados desde antes.
Antonov confirmou, contudo, que o órgão está acompanhando de perto os desdobramentos na Crimeia e em torno da Frota do Mar Negro. “Estamos tomando medidas para garantir a segurança das instalações”, disse.
Os exercícios militares anteriores aconteceram em julho do ano passado, com participação das tropas do Distrito Militar do Leste. A operação, que envolveu mais de 80.000 soldados russos, foi o maior exercício de prontidão súbita do Exército depois de 1991.