O Brasil negociou a possibilidade de os construir em estaleiros do país
Área Militar
NaPaOc P-120 Amazonas |
Inicialmente conhecidos como classe «Port of Spain» estes navios foram construidos originalmente para responder a um pedido da marinha de Trinidad e Tobago, que cancelou a encomenda em 2010, quando os navios já estavam em construção, com o primeiro deles praticamente pronto.
Os três navios, que aparentavam ter capacidades superiores às que a marinha do pequeno estado caribenho precisava, foram oferecidos à Marinha do Brasil, que não só precisava de navios daquele tipo, como os podia incorporar com vantagens, dado também necessitar de navios com capacidade oceânica para patrulhar a sua vastíssima zona economica exclusiva.
Os três navios custaram aproximadamente 53 milhões de Euros (R$ 160 milhões ) cada um, o que pode ser considerado um valor relativamente interessante, para navios novos e com armamento novo.
Os navios do tipo, possuem um guincho com capacidade para 16t. Na coberta pode aterrar um helicóptero médio de até 7t ou em alternativa podem ser transportados seis contentores standard de 20 pés (6.1m).
Não tendo hangar próprio, os Amazonas podem no entanto receber um helicóptero para evacuação ou para receber víveres. A dimensão da plataforma de aterragem permite receber helicópteros da dimensão do S60 Seahawk ao serviço na marinha do Brasil.
Como é comum em navios deste tipo, ele tem capacidade para acomodar mais 60 pessoas à ré, com algum conforto durante alguns dias. Esta capacidade permite por exemplo evacuação de populações, ou a manutenção de uma equipa de salvamento ou pesquisa em alto mar durante até uma semana.
Operações de desembarque em terra, são apoiadas por lanchas rápidas que podem ser rapidamente colocadas no mar com o guincho de 16t.
Licença de fabrico
O Brasil negociou a possibilidade de construir em estaleiros do país, até mais cinco navios do tipo.
Não se sabe porém se este tipo de navio terá a preferência da marinha, já que os patrulhas que se seguem em termos de dimensão, têm um deslocamento máximo de 400t, o que deixa um vazio em termos de navios com dimensão intermédia, entre as 1200t e 1600t de deslocamento máximo.
No caso de vir a ser construida uma segunda série de navios, eles devem estar equipados com armamento diferente, e deverão ter motores menos potentes e menos gastadores, já que uma velocidade entre 20 e 21 nós é vista como suficiente para navios deste tipo.
Informação genérica:
Os navios da classe River foram desenhados na Grã Bretanha como substitutos dos navios de patrulha da classe Island (parte deles transferidos para a marinha do Bangladesh) entraram ao serviço em 2003.
Trata-se de navios com capacidades bastante superiores aos anteriores Island e por isso possuem características que foram introduzidas como resultado dos pedidos da marinha britânica.
Os River deslocam 1600t contra 1200t dos anteriores Island e possuem uma velocidade máxima mais elevada atingindo os 20 nós, que é uma velocidade normal para os dias de hoje, mas superior aos 16 nós que os patrulhas anteriores conseguiam atingir.
Espaço para crescimento
Apenas três navios da classe River foram construidos, mas desde o inicio que o projeto previa a possibilidade de modificações para aumentar a capacidade militar dos navios.
Com base nos River, foram posteriormente desenhados outros projetos que resultaram em navios com características específicas e conforme os pedidos de várias marinhas.
Classe Clyde - Reino Unido
A Royal Navy foi a primeira marinha a encomendar uma versão aumentada dos navios da classe River, no que se viria a transformar na classe Tyde, de apenas um navio. O Tyde, encomendado em 2005 e entregue em 2006 tinha um deslocamento de 1850t e um canhão de 30mm como armamento principal.
Classe Port of Spain - Trinidad e Tobago
Com base na classe Tyde, foi desenvolvida em 2007 uma classe de navios para a marinha de Trinidad e Tobago, constituida por três navios equivalentes ao Clyde, mas que além do canhão de 30mm estariam equipadas com mais dois canhões de 25mm.
A marinha de Trinidad e Tobago cancelou a compra e os navios foram posteriormente vendidos.
Classe Amazonas - Brasil
O Brasil comprou os três navios da classe Trinidad e Tobago, que passaram a chamar-se classe Amazonas. Juntamente com os três navios a marinha brasileira adquiriu o direito de montar em estaleiros brasileiros outros cinco navios do tipo.
Classe Kabri - Tailandia
Em 2009 a marinha da Tailândia encomendou um navio do tipo, que foi designado Kabri. Trata-se de um Clyde ligeiramente maior, com um deslocamento de aproximadamente 2000t. O Kabri está muito melhor armado e conta com uma peça de tiro rápido Oto Melara de 76mm, juntamente com duas peças de 30mm MSI.
Classe Khareef - Omã
Em 2010 a marinha do Omã encomendou três navios que também foram baseados na classe River, embora estes tenham sido alvo de uma modificação muito grande. Embora a marinha do Omã classifique os navios como patrulhas oceânicos, os três Khareef estão equipados com radares 3D e com mísseis anti-aéreos, o que coloca os navios numa classe próxima a corvetas ou mesmo a pequenas fragatas.
Navios constituintes da classe | ||||||||||||||||||||||||||||
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Dados principais | Motores |
Deslocamento standard: 1800 Ton Deslocamento máx. : 2200 Ton. | Tipo de propulsão: Motor a Diesel |
Comprimento: 90.5 M - Largura: 13.5M Calado: 3.5 M. | 2 x Motor a Diesel MAN 16V28/33 (19700cv/hp) |
Tripulação / Guarnição: 81 | Autonomia: 10000Km a 12 nós - Nr. Eixos: 2 - Velocidade Máxima: 25 nós |
Canhões / armamento principal |
1 x MSI Defence 30mm DS-30B (Calibre: 30mm/Alcance: 3Km)
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