Estados Unidos ordenam retirada de pessoal não essencial da embaixada e de cidadãos americanos no país Segundo relatos, entre 400 e 500 pessoas foram mortas
O Globo
com agências internacionais
JUBA - Centenas de pessoas podem ter sido mortas em confrontos entre facções rivais do Exército do Sudão do Sul, afirmou a ONU nesta quarta-feira, citando relatos não confirmados. Diplomatas das Nações Unidas disseram que fontes na capital, Juba, relataram entre 400 a 500 óbitos.
Temendo um conflito civil na nação de apenas dois anos, os Estados Unidos ordenaram a retirada de pessoal considerado não essencial da embaixada e de cidadãos americanos no país.
Tiroteios eclodiram na noite de domingo entre facções militares, divididas em diferentes etnias, em torno de dois quartéis próximos à capital, no que o governo chamou de uma tentativa de golpe.
O governo disse que prendeu 10 pessoas, incluindo sete ex-ministros, pelo “golpe frustrado”. E afirmou que queria interrogar vários outros, incluindo o ex-vice-presidente Riek Machar, destituído do cargo em julho.
Moradores disseram que Juba estava calma nesta quarta-feira, depois de disparos esporádicos durante a noite. O tráfego foi lentamente voltando às ruas, e as autoridades disseram que o aeroporto seria reaberto.
Na segunda-feira, o presidente Salva Kiir declarou toque de recolher na capital. Kiir culpou os soldados leais a Riek Machar pelo início dos confrontos. Machar disse que pretende concorrer à Presidência.
Os Estados Unidos, que exortaram seus cidadãos a deixar o país, informaram que iriam começar a retirar as pessoas pelo aeroporto de Juba em voos organizados pelo Departamento de Estado americano.
O Reino Unido, por sua vez, disse que estava reunindo os nomes de todos os cidadãos que queriam sair e moradores disseram que outras nações ocidentais deveriam fazer o mesmo. Muitos trabalhadores humanitários vivem e trabalham em Juba.