JERUSALEM
A aviação israelense voltou a atacar alvos dentro da Síria, desta vez na cidade portuária de Latakia e em Damasco, com o objetivo de impedir que armas sofisticadas cheguem ao grupo xiita libanês Hezbollah. A informação, extraoficial, foi repassada à rede saudita de TV Al-Arabiya e confirmada a CNN por fontes americanas.
Provavelmente realizados na quarta-feira à noite, os bombardeios teriam atingido um carregamento de mísseis terra-ar SA-8, sofisticado armamento de fabricação russa. A inteligência israelense acreditava que as armas seriam entregues ao Hezbollah, ampliando significativamente o poder de fogo do grupo, segundo a CNN.
Seria o terceiro ataque de Israel a carregamentos de armas para o Hezbollah em território sírio. O governo israelense não confirma essas ações, embora o próprio primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, tenha deixado claro, várias vezes, que ordenaria ataques caso armas sírias fossem direcionadas para o grupo xiita libanês.
Vídeos postados ontem no YouTube mostravam uma imensa bola de fogo clareando a noite de Damasco - não é possível confirmar a autenticidade dos registros. A TV estatal do regime de Bashar Assad disse que uma "explosão" atingiu um "centro de pesquisas" nos arredores da capital. Não há informações sobre vítimas em Damasco ou Latakia. Jornais libaneses relataram que aviões israelenses teriam cruzado o céu do país várias vezes na quarta-feira.
No último ataque à Síria atribuído a Israel, em julho, os caças não foram capazes de destruir todas as armas destinadas ao Hezbollah, segundo o New York Times. A época, o jornal americano sugeria que um novo ataque israelense era "muito provável".
