DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã foi morto hoje (4) na Síria, onde atuava como voluntário na defesa de um santuário xiita em Damasco, informou a agência de notícias iraniana Mehr.
O comandante Mohammad Jamalizadeh, da Corporação da Guarda Revolucionária Islâmica na província de Kerman, sul do Irã, foi morto nos últimos dias por terroristas wahhabitas, assinalou a agência, sem dar detalhes.
Jamalizadeh era um veterano da Guerra Irã-Iraque (1980-88) e servia em unidades anticontrabando. Segundo a agência ele não teria viajado para a Síria em missão oficial, mas como voluntário para defender a mesquita Sayyida Zainab, situada em um subúrbio do sul de Damasco.
A área no entorno da mesquita é reverenciada pelos xiitas como o local do sepultamento de uma neta do profeta Maomé e vem sendo palco de pesados combates.
O funeral de Jamalizadeh será na terça-feira (5) em Kerman, capital da província de mesmo nome.
Diplomatas ocidentais dizem que o Irã, aliado do presidente sírio, Bashar al-Assad, envia bilhões de dólares em ajuda, além de conselheiros militares à Síria.
O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, admite abertamente que seus guerrilheiros estão lutando ao lado de Assad, mas o Irã nega que suas tropas estejam envolvidas diretamente em ações de combate na Síria.
"Como já dissemos muitas vezes, o Irã não tem batalhões na Síria e somente conselheiros estão ali presentes para transferir experiência defensiva aos protetores daquele país", declarou hoje (4), Ramazan Shafir, chefe de Relações Públicas da Guarda
Imagens de vídeo apreendidas e postadas na Internet por rebeldes sírios em setembro mostravam iranianos armados, em uniforme militar, atuando nas linhas de frente ao lado de soldados do governo sírio.
A mídia iraniana afirmou que tanto o comandante iraniano visto nas imagens como o cinegrafista foram mortos.