Irã alcançou consenso com seis potências para aliviar sanções ao país.
Reuters
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (24) que o acordo nuclear alcançado nesta madrugada entre o Irã e seis potências mundiais era um "erro histórico". "O que foi alcançado na noite passada em Genebra não é um acordo histórico, é um erro histórico", disse em seu discurso público. "Hoje o mundo se tornou um lugar muito mais perigoso porque o regime mais perigoso do mundo deu um passo significante para obter a arma mais mortal."
O Irã e as seis potências mundiais chegaram a um acordo sobre a redução do programa nuclear iraniano em troca de alívio nas sanções limitadas e terá acesso a US$ 4,2 bilhões em divisas. Os setores de ouro, petroquímica e industria automobilística serão aliviados dessas sanções e o país deverá continuar enriquecendo urânio no limite que estabeleça seu o uso civil.
Por sua parte, o governo iraniano teria se comprometido a parar o processamento de urânio enriquecido a 20% e só poderá fazê-lo abaixo de 5%, o que resulta suficiente para seu uso civil. Além disso, não vai continuar expandindo as usinas nucleares de Fordo e Natanz, nem a unidade de água pesada de Arak, em construção e onde - uma vez que comece a operar - poderia ser produzido plutônio. Ainda há contradições sobre os diplomatas quanto a esses limites.