Não é segredo para ninguém que nos países orientais aliados da OTAN está sendo criada, efetivamente, uma base de apoio para os militantes da Al-Qaeda.
Tal acontece porque os recentes acontecimentos – em particular o conflito sírio – devido à sua localização geográfica são ainda mais relevantes para eles, disse à Voz da Rússia Stanislav Tarasov, analista político, especialista em países do Oriente Médio:
“A Turquia admitia a existência de grupos terroristas em seu território. Mas, à medida que os acontecimentos se desenvolviam, eles começaram a penetrar em maior número através das zonas fronteiriças. A imprensa norte-americana, europeia e, em seguida, também a turca começaram a admitir que nas áreas fronteiriças há campos em que são treinados ou através dos quais são transportados militantes islamitas de diferentes países, especialmente do Líbano e da Turquia.”
Ativistas de direitos humanos da Human Rights Watch também conseguiram obter fatos que confirmam a participação de Ancara na preparação de radicais islamitas. A organização apela às autoridades turcas para tomar as medidas mais rigorosas, disse à Voz da Rússia a especialista em Síria e Líbano Lama Fakih:
“Descobrimos que um grupo de pessoas envolvidas em crimes que resultaram na morte de 190 civis e na captura de mais de 200, era composto de combatentes estrangeiros, os quais, em nossa opinião, entraram no país através da Turquia. Descobrimos também que algumas pessoas que financiaram essas operações, faziam-no a partir dos países do Golfo Pérsico. Apelamos a esses países para se certificarem de que os seus nacionais não enviam dinheiro para grupos na Síria.”
“Desde o início da crise síria, em vários países começaram a recrutar militantes de forma organizada. Na Líbia e na Tunísia há particularmente muitos centros de recrutamento, dos quais os militantes islamitas são transportados através da Turquia e da Jordânia para a Síria. O número de combatentes da Tunísia já vai em milhares. Deles, segundo o ministro do Interior, já cerca de 2.000 foram mortos na Síria. Por que é que estas pessoas, e especialmente jovens, vão para lá? Os motivos são diferentes.
Normalmente, prometem-lhes dinheiro ou poder. Se isso não for interessante, então oferecem-lhes uma passagem instantâneo para o paraíso e um jantar com o profeta. A maioria dos militantes são membros dos grupos terroristas Ansar al-Sharia e Al-Tayyar al-Salafi. Na Líbia foram criadas bases com muito bom equipamento técnico, onde os militantes passam um curso completo de preparação. Os professores são membros da Al-Qaeda que vêm da vizinha Argélia.”Graças ao generoso financiamento, os grupos terroristas que se concentram em torno da Al-Qaeda e suas filiais regionais, ganharam literalmente um segundo fôlego. A Síria tornou-se um verdadeiro campo de ensaio para o treinamento de recrutas em condições de combate, diz o analista político tunisino Mohammad Yassin al-Jalassi:
As motivações com que os wahhabitas vão para a guerra são conhecidas: “a luta contra os infiéis” e criação de um califado mundial, acredita o presidente da Associação internacional de veteranos da unidade antiterror Alfa, Serguei Goncharov:
“Quem está combatendo na Síria? Uma grande massa de mercenários vindos de todo o mundo. São exatamente mercenários, pessoas que combatem principalmente por dinheiro. Se alguém me tentar convencer que pessoas que professam o Islã foram para a Síria para lutar por alguma “fé” contra Assad porque ele é tão ruim, dificilmente acredito nisso. E garanto-vos que estes mercenários estão combatendo apenas pelo seu próprio bem-estar financeiro.”
Os principais “financiadores” da jihad, aparentemente, não querem aprender nem com seus próprios erros, nem com os de outros. A primeira força expedicionária islâmica foi formada com o apoio dos Estados Unidos ainda durante a guerra no Afeganistão de 1979-1989. Várias dezenas de milhares de homens de países do mundo árabe, bem como paquistaneses, lutaram contra o exército soviético com o apoio ativo de serviços secretos da Europa Ocidental e do Oriente Médio. Isto levou a um dramático aumento da violência: atentados terroristas ocorreram na Arábia Saudita, Egito, Argélia, Marrocos. Depois foi o setembro “negro” de 2001 nos Estados Unidos, os atentados de Madrid e Londres, o recente ataque terrorista em Boston. No entanto, o Ocidente continua convencido que os “novos mujahideen” são apenas marionetes em suas mãos hábeis. E não se apercebe de que as cordas já quebraram há muito tempo.
As motivações com que os wahhabitas vão para a guerra são conhecidas: “a luta contra os infiéis” e criação de um califado mundial, acredita o presidente da Associação internacional de veteranos da unidade antiterror Alfa, Serguei Goncharov:
“Quem está combatendo na Síria? Uma grande massa de mercenários vindos de todo o mundo. São exatamente mercenários, pessoas que combatem principalmente por dinheiro. Se alguém me tentar convencer que pessoas que professam o Islã foram para a Síria para lutar por alguma “fé” contra Assad porque ele é tão ruim, dificilmente acredito nisso. E garanto-vos que estes mercenários estão combatendo apenas pelo seu próprio bem-estar financeiro.”
Os principais “financiadores” da jihad, aparentemente, não querem aprender nem com seus próprios erros, nem com os de outros. A primeira força expedicionária islâmica foi formada com o apoio dos Estados Unidos ainda durante a guerra no Afeganistão de 1979-1989. Várias dezenas de milhares de homens de países do mundo árabe, bem como paquistaneses, lutaram contra o exército soviético com o apoio ativo de serviços secretos da Europa Ocidental e do Oriente Médio. Isto levou a um dramático aumento da violência: atentados terroristas ocorreram na Arábia Saudita, Egito, Argélia, Marrocos. Depois foi o setembro “negro” de 2001 nos Estados Unidos, os atentados de Madrid e Londres, o recente ataque terrorista em Boston. No entanto, o Ocidente continua convencido que os “novos mujahideen” são apenas marionetes em suas mãos hábeis. E não se apercebe de que as cordas já quebraram há muito tempo.