Num quadro em que a Rússia se opõe aos Estados Unidos, França e Reino Unido na consagração do uso da força contra Damasco, através de uma resolução da ONU, a Síria será certamente a matéria que irá dominar a 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, formalmente inaugurada esta terça-feira sob a presidência de John William Ashe.
O secretário-geral, Ban Ki-moon, anunciou que aproveitará esta Assembleia-Geral para apelar à comunidade internacional sobre a necessidade de encontrar uma solução para a paz na Síria.
“Tal como a comunidade internacional se uniu contra a ameaça de uma guerra química, também deve parar a guerra generalizada que está a destruir a Síria. Espero que através da diplomacia, e de forma rápida, se avance para uma conferência de paz e se encontra uma solução política”, sublinhou.
As imagens de satélite do campo de refugiados sírios em Zaatari, na Jordânia, recolhidas em 2012 e em julho deste ano, ilustram claramente o aumento do fluxo dos sírios que fogem à guerra civil onde já morreram mais de 100 mil pessoas.
Segundo a coordenadora das ações humanitárias da ONU, Valerie Amos, sete milhões de pessoas afetadas pelo conflito precisam de “ajuda humanitária de urgência”.