BBC Brasil
O presidente russo afirmou que é "cedo demais" para dizer o que seu país faria no caso de os Estados Unidos agirem sem consentimento da ONU.
Putin disse que a Rússia não descarta apoiar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que autorize o uso de força contra a Síria, caso haja provas "irrefutáveis" de que o governo sírio usou armas químicas no conflito interno do país.
No entanto, ele acredita que é "ridículo" dizer que a Síria usou armas químicas em um momento em que está ganhando território dos insurgentes.
"Se houver sinais de que armas químicas foram usados, e pelo Exército normal... daí isso é uma prova que precisa ser apresentada ao Conselho de Segurança da ONU. E precisa ser convincente", disse Putin em entrevista à rede de televisão Canal 1 e à agência de notícias Associated Press.
Ele disse que, neste cenário, a Rússia estaria "pronta para agir da forma mais decisiva e séria".
O presidente russo afirmou que é "cedo demais" para dizer o que seu país faria no caso de os Estados Unidos agirem sem consentimento da ONU.
Putin disse que a Rússia não descarta apoiar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que autorize o uso de força contra a Síria, caso haja provas "irrefutáveis" de que o governo sírio usou armas químicas no conflito interno do país.
No entanto, ele acredita que é "ridículo" dizer que a Síria usou armas químicas em um momento em que está ganhando território dos insurgentes.
"Se houver sinais de que armas químicas foram usados, e pelo Exército normal... daí isso é uma prova que precisa ser apresentada ao Conselho de Segurança da ONU. E precisa ser convincente", disse Putin em entrevista à rede de televisão Canal 1 e à agência de notícias Associated Press.
Ele disse que, neste cenário, a Rússia estaria "pronta para agir da forma mais decisiva e séria".
G20 e Obama
A Rússia é aliada do governo sírio, e recentemente forneceu componentes do sistema de mísseis S-300 ao governo. No entanto, ele disse que a entrega deste tipo de material foi suspensa no momento.
A Rússia sediará a partir desta quinta-feira o encontro dos líderes do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. Inicialmente a pauta do encontro seria a economia global, mas a crise na Síria deve dominar as discussões.
Nos Estados Unidos, parlamentares que integram a comissão de Relações Exteriores do Senado concordaram com um projeto de resolução que apoia o uso de força militar na Síria.
O texto, que será votado na próxima semana, estabelece um prazo limite de 60 dias para que os Estados Unidos realizem uma operação militar na Síria.
O secretário de Estado, John Kerry, defendeu o plano do presidente Barack Obama no Senado. O governo americano diz que o ataque de armas químicas do dia 21 de agosto nos subúrbios de Damasco – o pretexto para agir na Síria – matou 1.429 pessoas, mas outros países e organizações dizem que o número de mortos é mais baixo.
Kerry disse aos senadores que Obama não está pedindo "uma guerra", mas sim uma ação militar.
"Esta não é a hora de isolacionismo. Esta não é hora de virarmos espectadores de um massacre", afirmou o secretário de Estado.
Nos últimos dias, a ação militar de Obama ganhou o apoio de diversos políticos e figuras públicas americanas, como o líder republicano na Câmara Baixa do Congresso, John Boehner, e do ex-secretário de Estado Henry Kissinger.
No entanto, pesquisas indicam que a maioria da opinião pública é contra. Um levantamento recente mostra que seis em cada dez americanos são contra um ataque de mísseis contra a Síria.
Na França, outro país que defende uma ação militar internacional na Síria, o assunto será discutido nesta quarta-feira.
O conflito interno da Síria já matou 100 mil pessoas desde que o movimento de insurgência contra o regime de Bashar al-Assad começou, em março de 2011.
Outro problema grave é o aumento no número de refugiados. Acredita-se que 4,2 milhões de pessoas tiveram que deixar os seus lares na Síria.