O primeiro-ministro francês Jean Marc Ayrault defendeu nesta quarta-feira no Parlamento uma intervenção militar na Síria, mesmo sem o apoio do Conselho de Segurança da ONU. "A passividade não poder uma opção diante dessa barbárie", disse. A sessão extraordinária foi convocada para debater essa posssibilidade, que está longe de obter um consenso de deputados e senadores.
RFI
A oposição e mesmo uma parte dos partidos que formam a coalizão do governo exigem que haja uma votação no Parlamento caso a ação militar não seja aprovada no Conselho de Segurança da ONU.
Durante sua apresentação, o premiê francês lembrou que os serviços secretos franceses obtiveram provas de que o ataque químico do dia 21 de agosto foi perpretado pelo regime de Bashar al-Assad.
Nesta quarta-feira, o governo disponibilizou vídeos e fotos no site do Ministério da Defesa, que chegou a ficar fora do ar depois de sofrer um ataque cibernético.
O uso de armas químicas foi banido pela primeira vez em 1925 no tratado de Genebra, que foi ratificado pela Síria nos anos 60, lembrou o premiê. "Diante dessa barbárie, a passividade não pode ser uma opção, não para a França em todo o caso", disse Jean Marc Ayrault.
"Não reagir seria deixar Bashar dar continuidade às atrocidades, encorajar a proliferação e o emprego de armas de destruição massiva, abandonar a Síria e toda a região ao caos, e ceder às ameaças", declarou o premiê.
O chefe de governo ressaltou que a França tem a obrigação moral de reagir a este ataque com uma ação "pontual, visando objetivos significativos."
Para o premiê francês, na falta de uma reação ao uso de armas químicas, existe o risco de que países como o Irã a Coreia do Norte se sintam "à vontade" para utilizar armas nucleares.
Jean Marc Ayrault voltou afirmar que o envio de tropas terrestres está fora de questão. O governo francês agora aguarda o resultado da votação do Congresso americano, que deve se pronunciar a favor ou contra uma intervenção no próximo dia 9 de setembro.
O presidente Barack Obama voltou a defender uma ação militar hoje, dizendo que a "credibilidade internacional está em jogo."
A França espera obter, além do apoio dos Estados Unidos, a participação de outros países europeus. O chefe de governo voltou a dizer que o país não agirá sozinho, mas ontem o presidente François Hollande declarou que, na falta de um consenso, os franceses encontrariam uma maneira de ajudar os rebeldes contra o regime sírio.
O premiê reiterou que a aprovação do Conselho de Segurança da ONU seria, 'desejável', utilizando suas próprias palavras, mas há dois anos a China e a Rússia, membros permanentes bloqueiam todas as resoluções que visam punir o regime sírio.
Hoje a Rússia sinalizou pela primeira vez que poderia apoiar uma ação, mas desde que houvesse o respaldo da ONU.
O vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad, também disse nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, que não cederá às ameaças de uma intervenção militar dos Estados Unidos e seus aliados, mesmo se isso resultar em uma terceira guerra mundial.
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RFI
A oposição e mesmo uma parte dos partidos que formam a coalizão do governo exigem que haja uma votação no Parlamento caso a ação militar não seja aprovada no Conselho de Segurança da ONU.
Durante sua apresentação, o premiê francês lembrou que os serviços secretos franceses obtiveram provas de que o ataque químico do dia 21 de agosto foi perpretado pelo regime de Bashar al-Assad.
Nesta quarta-feira, o governo disponibilizou vídeos e fotos no site do Ministério da Defesa, que chegou a ficar fora do ar depois de sofrer um ataque cibernético.
O uso de armas químicas foi banido pela primeira vez em 1925 no tratado de Genebra, que foi ratificado pela Síria nos anos 60, lembrou o premiê. "Diante dessa barbárie, a passividade não pode ser uma opção, não para a França em todo o caso", disse Jean Marc Ayrault.
"Não reagir seria deixar Bashar dar continuidade às atrocidades, encorajar a proliferação e o emprego de armas de destruição massiva, abandonar a Síria e toda a região ao caos, e ceder às ameaças", declarou o premiê.
O chefe de governo ressaltou que a França tem a obrigação moral de reagir a este ataque com uma ação "pontual, visando objetivos significativos."
Para o premiê francês, na falta de uma reação ao uso de armas químicas, existe o risco de que países como o Irã a Coreia do Norte se sintam "à vontade" para utilizar armas nucleares.
Jean Marc Ayrault voltou afirmar que o envio de tropas terrestres está fora de questão. O governo francês agora aguarda o resultado da votação do Congresso americano, que deve se pronunciar a favor ou contra uma intervenção no próximo dia 9 de setembro.
O presidente Barack Obama voltou a defender uma ação militar hoje, dizendo que a "credibilidade internacional está em jogo."
A França espera obter, além do apoio dos Estados Unidos, a participação de outros países europeus. O chefe de governo voltou a dizer que o país não agirá sozinho, mas ontem o presidente François Hollande declarou que, na falta de um consenso, os franceses encontrariam uma maneira de ajudar os rebeldes contra o regime sírio.
O premiê reiterou que a aprovação do Conselho de Segurança da ONU seria, 'desejável', utilizando suas próprias palavras, mas há dois anos a China e a Rússia, membros permanentes bloqueiam todas as resoluções que visam punir o regime sírio.
Hoje a Rússia sinalizou pela primeira vez que poderia apoiar uma ação, mas desde que houvesse o respaldo da ONU.
O vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad, também disse nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, que não cederá às ameaças de uma intervenção militar dos Estados Unidos e seus aliados, mesmo se isso resultar em uma terceira guerra mundial.
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