Correio Braziliense
Opositores ao governo de Bashar Al-Assad criticaram ontem a resolução que prevê a destruição do arsenal químico em posse do governo da Síria, aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Apesar de a medida ter sido elogiada formalmente pelo chefe da Coalizão Nacional Síria (oposição), Ahmad Jarba, muitos de seus membros se mostraram claramente insatisfeitos, por acreditarem que o presidente é o grande beneficiado. O governo brasileiro, por sua vez, emitiu nota elogiando a decisão.
“A resolução é muito decepcionante”, disse Samir Nachar, opositor histórico a Al-Assad. “Ela serve aos interesses dos poderes mais regionais e internacionais, incluindo o regime sírio. De maneira nenhuma, serve ao povo e à revolução.”
Opositores ao governo de Bashar Al-Assad criticaram ontem a resolução que prevê a destruição do arsenal químico em posse do governo da Síria, aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Apesar de a medida ter sido elogiada formalmente pelo chefe da Coalizão Nacional Síria (oposição), Ahmad Jarba, muitos de seus membros se mostraram claramente insatisfeitos, por acreditarem que o presidente é o grande beneficiado. O governo brasileiro, por sua vez, emitiu nota elogiando a decisão.
“A resolução é muito decepcionante”, disse Samir Nachar, opositor histórico a Al-Assad. “Ela serve aos interesses dos poderes mais regionais e internacionais, incluindo o regime sírio. De maneira nenhuma, serve ao povo e à revolução.”
A organização Human Rights Watch (HRW) também criticou a decisão do conselho da ONU. “Ela não conseguirá trazer justiça para as centenas de crianças que morreram intoxicadas por gás ou por muitos outros crimes graves”, afirmou Philippe Bolopion, representante da organização na ONU.
Após difíceis negociações, que colocavam Rússia e Estados Unidos em lados opostos, o Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, a Resolução 2.118, que obriga o regime sírio a destruir suas armas químicas. A decisão, no entanto, não estipula sanções automáticas caso Damasco não cumpra a medida. A oposição esperava uma medida combinada com ameaças de sanções diretas e, sobretudo, desejava que os Estados Unidos cumprissem as ameaças de ataques, suspensas após o acordo russo-americano de 14 de setembro, sobre a destruição do arsenal químico.
Brasil
Na opinião do governo brasileiro, a medida merece elogios. “O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da aprovação, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de resolução que determinou a eliminação de todas as armas químicas do território da Síria e endossou processo de paz conduzido pelos sírios. Trata-se de momento crucial de unidade do Conselho, que pode se transformar no primeiro passo para a resolução definitiva do conflito naquele país”, diz nota emitida ontem pelo Ministério das Relações Exteriores.
“O Brasil expressa seu apoio à realização da Conferência de Paz Genebra 2”, continua nota do Itamaraty, referindo-se a um novo encontro para discutir a situação síria anunciada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A conferência será realizada em meados de novembro, com o objetivo de tentar organizar uma transição política no país.
Para alguns analistas, o ocorrido na sexta-feira fortalece a posição do regime na luta contra o Exército Sírio Livre. “A resolução da ONU veio em detrimento da oposição, que é a grande perdedora.
Bashar al-Assad voltou a ser o interlocutor sírio para a comunidade internacional, portanto conseguiu reverter a situação”, analisou a especialista francesa em Oriente Médio Agnes Levallois, em entrevista à agência France-Presse.
Após difíceis negociações, que colocavam Rússia e Estados Unidos em lados opostos, o Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, a Resolução 2.118, que obriga o regime sírio a destruir suas armas químicas. A decisão, no entanto, não estipula sanções automáticas caso Damasco não cumpra a medida. A oposição esperava uma medida combinada com ameaças de sanções diretas e, sobretudo, desejava que os Estados Unidos cumprissem as ameaças de ataques, suspensas após o acordo russo-americano de 14 de setembro, sobre a destruição do arsenal químico.
Brasil
Na opinião do governo brasileiro, a medida merece elogios. “O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da aprovação, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de resolução que determinou a eliminação de todas as armas químicas do território da Síria e endossou processo de paz conduzido pelos sírios. Trata-se de momento crucial de unidade do Conselho, que pode se transformar no primeiro passo para a resolução definitiva do conflito naquele país”, diz nota emitida ontem pelo Ministério das Relações Exteriores.
“O Brasil expressa seu apoio à realização da Conferência de Paz Genebra 2”, continua nota do Itamaraty, referindo-se a um novo encontro para discutir a situação síria anunciada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A conferência será realizada em meados de novembro, com o objetivo de tentar organizar uma transição política no país.
Para alguns analistas, o ocorrido na sexta-feira fortalece a posição do regime na luta contra o Exército Sírio Livre. “A resolução da ONU veio em detrimento da oposição, que é a grande perdedora.
Bashar al-Assad voltou a ser o interlocutor sírio para a comunidade internacional, portanto conseguiu reverter a situação”, analisou a especialista francesa em Oriente Médio Agnes Levallois, em entrevista à agência France-Presse.