De Washington
O presidente americano, Barack Obama, saudou o acordo obtido neste sábado sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio, mas destacou que Damasco deve cumprir seus compromissos.
Em um comunicado, Obama ressaltou que espera que o regime de Bashar al-Assad "esteja à altura de seus compromissos" e acrescentou que "os Estados Unidos continuam preparados para agir, caso fracasse a diplomacia".
Obama disse que o acordo só foi possível "em parte" pelo que ele chamou de ameaça crível do uso da força contra a Síria, como punição por seu suposto uso de armas químicas contra civis no mês passado.
"Mesmo com o importante progresso que foi feito, ainda resta muito trabalho pela frente", afirmou Obama.
"Os Estados Unidos continuarão trabalhando com Rússia, Reino Unido, França, Nações Unidas e outros para garantir que este processo seja verificável, e que haja consequências, se o regime de Assad não cumprir os compromissos estabelecidos hoje. E, se a diplomacia fracassar, os Estados Unidos permanecem preparados para agir", insistiu.
"O uso de armas químicas em qualquer lugar do mundo é um insulto à dignidade humana e uma ameaça à segurança das pessoas", afirmou Obama.
"Por nossos filhos, temos o dever de preservar um mundo sem temor de armas químicas. Hoje, dá-se um importante passo para essa meta", destacou.
O novo acordo dá à Síria uma semana para fornecer detalhes a respeito de seus arsenais de armas químicas e indica que o país árabe deve conceder acesso irrestrito aos inspetores internacionais, com o objetivo de eliminar esse tipo de armamento até meados de 2014.
Dois influentes senadores da oposição republicana, John McCain e Lindsey Graham, rejeitaram o acordo entre seu país e a Rússia.
"Não resolve em nada o verdadeiro problema na Síria, ou seja, o conflito que causou a morte de 110 mil pessoas, o deslocamento de milhões e a desestabilização dos nossos amigos e aliados na região", disseram os congressistas, em comunicado comum distribuído à imprensa.
Ambos temem que tanto os amigos como os inimigos dos EUA considerem o acordo um gesto de fraqueza por parte de Washington.