O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende enviar assistência não letal para a oposição síria com o objetivo de evitar o uso ou a proliferação de armas químicas. O documento com a autorização do líder norte-americano foi divulgado por uma fonte ligada à Casa Branca, em Washington (EUA), à agência internacional AP.
A autorização também permite que o país envie equipamentos de proteção individual contra armas químicas para integrantes de organizações internacionais que trabalham na Síria. O documento inclui ainda a transferência de assistência aos fornecedores locais de serviços de saúde para ajudá-los a tratar as vítimas de ataques de armas químicas.
Um alto funcionário do governo disse que os EUA os planos de assistência foram discutidos antes do ataque de armas químicas do dia 21 de agosto, em Damasco, na Síria. O oficial não é autorizado a discutir publicamente o plano do governo, por isso pediu o anonimato.
"Crime de guerra"
Em um breve discurso feito na ONU para apresentar o resultado do relatório que confirma o uso de gás sarin no ataque do último dia 21 de agosto, nos arredores de Damasco, na Síria, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, chamou o uso de armas químicas no país de "crime de guerra" e de maior ataque deste tipo em 15 anos.
"Este foi o uso mais significativo de armas químicas contra civis desde que Saddam Hussein usou seu arsenal em Halabja, em 1988", afirmou ele, que relatou que o documento feito por inspetores da ONU trouxe evidências do uso do gás sarin no ataque químico. "Os resultados são impressionantes e indiscutíveis. Os fatos falam por si. A Missão das Nações Unidas já confirmou, de forma inequívoca e objetiva, que armas químicas foram usadas na Síria."
Ainda que Ki-moon não tenha nomeado um culpado pelo ataque químico, diplomatas norte-americanos, britânicos e franceses não descartam a culpabilidade do regime de Assad no caso.
(*Com informações de agências internacionais.)