A frota de bombardeiros estratégicos de 5ª geração Northrop Grumman B-2 Spirit, da United States Air Force (Usaf, Força Aérea norte-americana), serão equipados com o sistema de comunicação de baixa frequência.
O Common Very Low Frequency (CVR) foi projetado como o sucessor do Very Low Frequency Communication System, previsto para ser incluído no pacote de comunicação da frota de B-2 em 1992. Os EUA adiaram a sua instalação devido aos cortes orçamentários impostos na época.
Os B-2 empregam atualmente o sistema de comunicação de ultra grande frequência para receber as ordens presidenciais de forma mais segura, através das mensagens de ações de emergência. O problema é que os satélites militares táticos e de retransmissão (MILSTAR), que facilitam essa forma de transmissão, estão chegando ao fim de suas vidas operacionais.
A modernização do sistema de comunicação vai permitir ao B-2 receber os sinais de baixa frequência que ricocheteiam nas camadas mais baixas da atmosfera, sem utilizar os satélites militares como retransmissores. Isso vai permitir ao B-2 continuar sendo a plataforma de ataque nuclear até que novas soluções de comunicações sejam desenvolvidas e implantadas.
O programa atingiu o marco B em 23 de julho último, que autoriza o seu ingresso na fase de desenvolvimento de engenharia e manufatura e a concessão dos contratos de produção.
Designado CVR Increment 1, o sistema foi desenvolvido exclusivamente para a frota de B-2 e deve ser implementado a partir de 2017. Entretanto a Usaf deve estender essa capacidade para as plataformas responsáveis pelos ataques, comunicação, controle e comando nuclear, como os Boeing B-52 e Boeing E-4B.