“Ninguém nega a realidade do ataque químico no dia 21 de agosto, nem a responsabilidade do regime de Damasco”.
Palavras proferidas pelo primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, no final de uma reunião com os responsáveis dos grupos parlamentares.
O governo prometeu apresentar provas que incriminam o regime sírio e que confortam a determinação de Paris.
“Na quarta-feira haverá um debate sem voto, porque de qualquer forma a decisão final só poderá ser tomada pelo presidente da república quando for constituída a coligação que poderá conduzir uma ação que comporte uma mensagem de firmeza, de que não será possível no futuro usar armas químicas na Síria pelo ditador Bashar al-Assad contra o seu próprio povo”.
Antes do debate no parlamento, está instalado o debate no país. A oposição pede um voto na assembleia nacional.
Em Bruxelas, o secretário-geral da NATO também não tem dúvidas sobre as implicações de Damasco no ataque com armas químicas. Anders Fogh Rassmussen disse, em conferência de imprensa:
“Posso dizer-vos que eu estou pessoalmente convencido, não apenas de que houve realmente um ataque químico, mas também de que o regime sírio é responsável”.
A Rússia essa continua a mostrar-se convencida do contrário. Juntando a voz ao governo, um grupo de deputados russos quer ir a Washington pedir ao congresso norte-americano que não apoie os planos de ataque militar do presidente Barack Obama.