RFI
Ao lado do chefe do governo sueco, Fredrik Reinfeldt, Obama disse ter discutido sobre a “violência apavorante” imposta aos sírios pelo regime de Bashar al-Assad. “Não é a minha credibilidade que está em causa. É a credibilidade da comunidade internacional, dos Estados Unidos e do Congresso [americano] que está em jogo”, declarou.
Obama, que declarou em agosto que o regime sírio não deveria ultrapassar a “linha vermelha”, referindo-se ao uso de armas químicas, argumentou hoje que este limite foi imposto pelo “mundo inteiro”. Para o líder americano, não reagir neste momento apenas “aumentará os riscos de ataques suplementares e que outros países utilizem armas químicas”. “Estamos de acordo sobre o fato de que, face a esta barbárie, a comunidade internacional não pode ficar silenciosa”, completou.
Segundo ele, não restam dúvidas que o Congresso americano votará a favor de uma intervenção militar contra o regime de Bashar Al-Assad. “Acredito a ação será aprovada porque, se a comunidade internacional não impor respeito a algumas regras, com o tempo, o mundo vai se tornar um lugar menos seguro”, afirmou o presidente dos Estados Unidos.
Obama também foi interrogado sobre os desacordos entre ele e seu homólogo Vladimir Putin, com quem deve se encontrar durante a reunião do G20 em São Petersburgo nesta semana. O chefe de Estado diz ter esperanças que o presidente russo mude de opinião sobre uma intervenção na Síria. “Eu insistirei na questão porque acredito que uma ação internacional seria muito mais eficaz”, disse, completando que o número de mortos na Síria poderia ser bem menor se a Rússia tivesse uma posição diferente face ao problema.