Os líderes do grupo de economias emergentes Brics expressaram nesta quinta-feira, durante reunião na cúpula do G20, preocupação de que um ataque militar contra a Síria possa prejudicar a economia mundial, disse o porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Foi notório em meio ao diálogo dos Brics que entre os fatores que podem afetar negativamente a situação da economia mundial estão as consequências de uma eventual intervenção externa sobre os assuntos Sírios. Tais consequências podem ter um efeito extremamente negativo sobre a economia mundial", disse o porta-voz Dmitry Peskov.
O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Brics terão US$ 100 bi para acalmar mercados
O grupo dos Brics vai contribuir com US$ 100 bilhões para um fundo de combate que busca estabilizar os mercados cambiais afetados por uma esperada redução do estímulo dos Estados Unidos.
Do total, o Brasil contribuirá com US$ 18 bilhões, mesma quantia de Índia e Rússia. A China, detentora da maior reserva cambial do mundo, contribuirá com US$ 41 bilhões. A África do Sul terá a menor participação, de US$ 5 bilhões.
Com o crescimento da economia dos EUA, investidores temem o fim do estimulo mensal de US$ 85 bilhões do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos).
Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Federal Reserve alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.
(Com Reuters)