Por Redação, com Vermelho - da Síria
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, publicou nesta quinta-feira uma declaração anunciando que a equipe de investigação sobre o uso de armas químicas da ONU chegou a um consenso com o governo da Síria, que a havia convidado, sobre a via de cooperação para as investigações, e será enviada ao território do país para iniciar os trabalhos.
Segundo a publicação, o governo sírio aceitou oficialmente a via de cooperação com a equipe de investigação, a fim de garantir os trabalhos de maneira correta, segura e eficaz. Em julho, dois investigadores (o cientista sueco Ake Sellstrom e Angela Kane, alta representante da ONU para o desarmamento) já tinham viajado à região para negociar os termos da missão.
A equipe vai partir imediatamente ao e fará investigação durante os próximos 14 dias. Depois deste período, a pesquisa pode ser prolongada com a autorização dos dois lados. Segundo Ban, a meta é realizar uma investigação independente e inteiramente justa.
Um sistema de investigação eficaz tem importante papel para evitar violações como o uso de armas químicas, seja pelo governo ou pelos rebeldes, sublinhou a declaração.
Segundo a Agência de Notícias Arab da Síria, as tropas governamentais obtiveram uma série de progressos nas províncias de Lattakia, Derra, Aleppo e Homs, e combateram um grande número de membros armados do grupo da oposição.
O primeiro-ministro sírio, Wael Nader al-Halqi, assinalou, nesta quarta-feira (14), que o grupo da oposição já entrou na “contagem regressiva de desmoronamento”. Além disso, o governo não aceita a sugestão apresentada pela oposição, que tem a demissão do atual governo como condição prévia para o reinício do “mapa da rota”, ou seja, acordos para um diálogo político.
O presidente da Síria, Bashar Al-Assad, cujo governo é alvo de protestos há dois anos e meio, autorizou a inspeção de peritos internacionais sobre a existência de arsenais de armas químicas no país. A previsão é que os especialistas da ONU cheguem a qualquer momento a Damasco, capital síria.
Os conflitos no país mataram mais de 100 mil pessoas, inclusive crianças, idosos e mulheres. A atuação de grupos armados conformados também por mercenários estrangeiros, financiados e por vizinhos como a Turquia, a Arábia Saudita, e extrarregionais como os Estados Unidos e membros da União Europeia têm marcado uma intervenção exterior determinante para a manutenção e intensificação da violência e um apoio popular ainda mais significativo ao governo constitucional do presidente Assad.