Liliana Coelho | Expresso
A televisão estatal síria anunciou hoje a descoberta de armas químicas em túneis dos rebeldes no subúrbio de Jobar, em Damasco.
De acordo a estação, vários soldados sofreram asfixia. " O Exército entrou nos túneis dos terroristas e encontrou material químico. Alguns soldados chegaram a sufocar. Foram chamadas ambulâncias para resgatar as vítimas", disse a TV do Estado.
O governo sírio acusa, assim, os rebeldes de serem os responsáveis pelo ataque com armas químicas, na quarta-feira, que causou a morte de pelo menos 500 pessoas.
Este anúncio surge no dia em que chegou a Damasco a Alta Representante da ONU para Assuntos em Desarmamento, Angela Kane, para pedir autorização para os especialistas das Nações Unidas no país avançarem com uma investigação sobre o uso de armas químicas.
EUA estudam várias hipóteses
A oposição síria diz que o ataque foi um "massacre" feito pelo regime de Bashar al-Assad, que causou a morte a mais de mil pessoas e exige a intervenção da comunidade internacional.
O presidente norte-americano, Barack Obama, reuniu-se hoje com a equipa de segurança, mas não ficou para já decidida uma intervenção militar em Damasco.
"Temos várias opções em estudo, pelo que vamos analisá-las para decidir em conformidade com os interesses nacionais na Síria", anunciou a Casa Branca.
O Reino Unido, a França e a Rússia também já apelaram ao regime de Assad e aos rebeldes para cooperarem com a ONU e permitirem os inspetores terem acesso aos locais onde as armas químicas foram utilizadas.