Premiê disse que 'entendeu recado' e vai agir 'consequentemente'.
Reunião do Conselho de Segurança sobre crise acabou em impasse.
Do G1, em São Paulo
O Parlamento britânico rechaçou nesta quinta-feira (29), em votação simbólica mas importante, a moção do primeiro-ministro David Cameron que abria caminho para um ataque militar britânico à Síria.
A proposta de Cameron perdeu, inesperadamente, por 285 votos a 272.
"Está claro que o Parlamento britânico não quer uma ação militar britânica", disse Cameron depois da votação, afirmando que não iria "atropelar" a vontade do povo e dos representantes.
"Tomei nota disso, e o governo atuará consequentemente", disse.
A rejeição não veio apenas da oposição, mas também da própria coalizão governamental conservadora-liberal, que conta com 359 dos 650 assentos da Câmara dos Comuns.
O resultado foi saudado com uma estrondosa ovação dos deputados, que foram repreendidos pelo presidente da Câmara.
A Câmara dos Comuns foi convocada extraordinariamente para discutir o texto do governo que abria a porta ao uso da força se ficasse comprovada a responsabilidade do regime sírio no ataque, que causou centenas de mortes, segundo a oposição síria.
No debate, houve muitas referências à invasão do Iraque em 2003, que terminou com a queda do ditador Saddam Hussein, mas sem que houvesse provas da existência de armas de destruição em massa que serviram de justificativa para uma ação dada pelo então primeiro-ministro Tony Blair.
Cameron admitiu que não está convencido de que o regime Assad foi responsável pelo ataque químico de 21 de agosto, mas reconheceu que "não há 100% de certeza" disso.
Ao mesmo tempo, uma reunião dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise síria terminou em impasse.
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Parlamento britânico vota contra moção de Cameron por ataque à Síria
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