WASHINGTON (AFP)
O presidente americano, Barack Obama, criticou nesta sexta-feira a "incapacidade" do Conselho de Segurança da ONU de agir na questão síria e advertiu que o mundo não deve ficar "paralisado" diante de um ataque com armas químicas.
"O que nós vimos, até agora pelo menos, é uma incapacidade do Conselho de Segurança de avançar frente a uma clara violação das normas internacionais", declarou Obama, depois de se reunir com líderes bálticos na Casa Branca.
Obama disse que entende o cansaço generalizado com as guerras, tanto no caso dos Estados Unidos, quanto da Grã-Bretanha e em outros lugares, mas defendeu que isso não exime as nações de suas responsabilidades. Ele observou também que os americanos enfrentaram uma década de guerras e que agora é hora de recuperar a economia.
"Garanto que ninguém está mais cansado de guerras do que eu", disse Obama.
"O que eu também acredito é que parte da nossa obrigação como um líderes no mundo é garantir que, quando você tiver um regime que deseje usar em seu próprio povo armas que são proibidas pelas normas internacionais, ele seja responsabilizado", acrescentou.
"Em última instância, não queremos que o mundo fique parado. E, francamente, sabe, parte do desafio no qual terminamos aqui é que muita gente acha que alguma coisa deve ser feita, mas ninguém quer fazer", declarou.
Na véspera, a Câmara dos Comuns, no Reino Unido, rejeitou a moção que permitiria a participação britânica no ataque limitado de mísseis americanos ao regime de Bashar al-Assad. Essa reserva, sugeriu Obama, levará ao desgaste dos tabus sobre o uso de armas químicas e de outras normas internacionais.
Um relatório da inteligência americana estima em 1.429 o número de mortos no ataque de 21 de agosto, no subúrbio de Damasco, e que o governo dos Estados Unidos indica ter um alto nível de certeza de que tenha sido cometido pelo regime sírio.
Obama critica incapacidade do Conselho de Segurança de agir na Síria
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