(ANSA) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve ter a possibilidade de analisar os relatórios sobre possíveis ataques químicos na Síria antes de apoiar uma eventual intervenção militar. Esse é o conteúdo da moção que o governo britânico apresentará amanhã ao Parlamento local, que pede respostas imediatas da comunidade internacional sobre a crise na Síria.
Nos últimos dias, os governos britânico e norte-americano analisaram a possibilidade de promover uma intervenção militar na Síria, onde desde 2011 são registrados confrontos entre rebeldes e forças do presidente Bashar al-Assad. A situação ficou mais tensa após denúncias de uso de armas químicas nos conflitos.
O Parlamento britânico fará amanhã uma sessão extraordinária para debater o tema. Os Estados Unidos também não tomaram uma decisão definitiva sobre a intervenção independente, segundo informou nesta quarta-feira (28) a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Marie Harf.
Como era esperado, a Rússia se opôs hoje a uma resolução apresentada ao Conselho de Segurança da ONU pelo governo britânico para que o organismo autorizasse que fossem tomadas medidas unilaterais para proteger os civis sírios.
Por sua vez, a Itália, em um comunicado oficial, afirmou que "a utilização de armas químicas contra a população civil síria" é "um ato que provoca repúdio do povo italiano e que se configura em um crime contra a humanidade". Roma definiu os ataques químicos como uma "violação inaceitável do direito internacional" e propôs que os "responsáveis" sejam "levado à justiça internacional".
Na semana passada, cerca de 70 pessoas morreram em um ataque na Síria no qual se suspeita o uso de armas químicas. Um grupo de inspetores da ONU está no país para conduzir uma investigação.