DA REUTERS, EM DUBAI
Um dos principais militantes associados à rede terrorista Al Qaeda exortou os egípcios a pegarem as armas contra o Exército do país, dizendo que a forte repressão aos manifestantes islâmicos mostrou que métodos pacíficos "são inúteis".
O porta-voz do País Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), Abu Mohammed al-Adnani, falou por meio de uma gravação -- em árabe -- publicada na internet neste sábado.
"Não há nada mais certo na religião de Deus [islã] do que aqueles que falam da infidelidade, de repudiar o islã e do abandono da religião e clamam pela necessidade de lutar contra esses Exércitos, principalmente o Exército egípcio", disse,
"O Exército egípcio é parte de uma mera cópia desses Exércitos que estão procurando, num esforço mortal, evitar que as leis de Deus sejam adotadas e estão se esforçando para consagrar os princípios do secularismo e das leis feitas pelo homem", disse.
O Egito vive uma grande crise política que, atualmente, envolve protestos quase diários de simpatizantes do presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade Muçulmana, contra o golpe de Estado militar que o depôs, em 5 de julho passado.
Na mensagem, Adnani atacou a Irmandade e o partido salafista al-Nour, dizendo que eles foram cooptados para a não violência e para o que ele chamou de abordagem secular fútil, ao poder através das eleições e da democracia, que segundo ele deixaram os membros da Irmandade Muçulmana presos, mortos ou foragidos.
A Irmandade Muçulmana de Mursi renunciou à violência há décadas e nega qualquer ligação com militantes, inclusive aqueles que já mataram dezenas de soldados egípcios no Sinai.
A crescente insegurança no Sinai preocupa os EUA porque fica perto de Israel e da faixa de Gaza, governada pelo Hamas, bem como do Canal de Suez.
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Líder ligado à Al Qaeda convoca egípcios a combaterem Exército
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