A novela da compra dos caças, que já dura 18 anos, e atravessa os governos de três presidentes diferentes, deve ser concluída ainda este ano. Ao menos é isso o que espera o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), ele afirmou que a compra ainda não aconteceu por “questões orçamentárias”.
“A presidente já sinalizou, mais de uma vez, e disse que tomará a decisão no curto prazo. Ela também está preocupada. É preciso ter Forças Armadas bem equipadas”, disse Saito. “Não acredito que o governo prevarica com essa extensão do prazo. O Brasil é um país em desenvolvimento e precisa de recurso para saúde, para educação. É uma questão de prioridades”, afirmou o comandante da Aeronáutica.
Mas por conta da dificuldade do governo em bater o martelo sobre o programa FX-2, de reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB), a Aeronáutica já vislumbra a possibilidade de deslocar os caças táticos F-5 para substituir a frota de 12 caças de interceptação Mirage 2000, que será desativada em 31 de dezembro.
A estratégia tampão para substituir os Mirage deverá durar até que seja definida a compra dos 36 caças do programa FX-2. Mas, mesmo que a decisão seja, de fato, tomada até o fim deste ano, ainda levará entre oito e 12 meses até que o contrato seja assinado. E a primeira aeronave só será entregue ao Brasil entre quatro e cinco anos depois da assinatura. Estão no páreo o Super Hornet F-18, da americana Boeing, o sueco Gripen NG, da Saab, e o francês Rafale, da Dassault.
A estratégia tampão para substituir os Mirage deverá durar até que seja definida a compra dos 36 caças do programa FX-2. Mas, mesmo que a decisão seja, de fato, tomada até o fim deste ano, ainda levará entre oito e 12 meses até que o contrato seja assinado. E a primeira aeronave só será entregue ao Brasil entre quatro e cinco anos depois da assinatura. Estão no páreo o Super Hornet F-18, da americana Boeing, o sueco Gripen NG, da Saab, e o francês Rafale, da Dassault.
Por conta de um contrato de confidencialidade com as três concorrentes, o governo brasileiro não pode revelar qual das empresas tem a maior chance de vencer a disputa. A discussão sobre a compra dos caças começou em 1996, ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Desde então, o processo já gerou 28 mil páginas de documentos e consumiu 26 mil horas de trabalho.